A terceira edição do Oxford Companion to Wine, para mim a melhor referência para vinhos, da celebrada crítica e autora inglesa Jancis Robinson, lista mais de 600 variedades de uvas em 72 países. Agora, entre os países produtores, temos a Etiópia, Coréia, Vietnam, Nepal, China, Índia, Noruega ao lado dos usuais suspeitos, como França, Alemanha, Itália e os países do Novo Mundo.
A crítica canadense Natalie McClean escreveu recentemente sobre as mudanças que vêm ocorrendo no mundo dos vinhos. Antes, na Idade Média, aconteciam a cada cem anos. Agora, as novidades são quase que mensais.
As uvas mais consumidas, Chardonnay e Cabernet Sauvignon, vêm sendo desafiadas pela Pinot Grigio (ou Pinot Gris, como queira) entre as brancas, e pela Pinot Noir, entre as tintas (efeito, talvez, do filme Sideways?). Evidente que a crítica usa estatísticas válidas para os Estados Unidos e Canadá. Mas o que toca lá acaba sendo ouvido por aqui.
Na arena tecnológica, primeiro assistimos ao advento da fermentação com temperatura controlada, permitindo que países mais quentes, como a Austrália, o Chile, o Brasil, produzissem vinhos de qualidade. Agora, computadores controlam desde a umidade do solo (e determinam quando irriga-lo) e até a da adega, fazendo jorrar um spray de água para manter a umidade em 80% (abaixo disso, o vinho começa a evaporar rapidamente). Usam até satélites com a tecnologia do GPS para localizar as vinhas que estão florescendo e decidir sobre uso de pesticidas ou de irrigação. Empregam uma marcação por DNA para identificar antecipadamente e curar plantas infectadas.
Nos próximos dez anos, o consumo de vinho nos Estados Unidos deverá aumentar 62,5% (pesquisa da International Wine and Spirit Record, IWSR). O vinho hoje já é mais consumido do que a cerveja pelo norte-americano. E pensar que em 1992 47% preferiam a cerveja e apenas 27% o vinho. Até 2009, a América se tornará o maior consumidor de vinho do mundo, com a França caindo do 1º para o 3º lugar e a Itália mantendo-se em 2º. Essas tendências são ajudadas pela consciência dos benefícios da bebida à saúde, por um número cada vez maior de cursos de vinho e do turismo.
Mas a crítica canadense faz outras predições, com base em acontecimentos mais recentes: a) os grandes grupos continuarão a engolir as pequenas vinícolas; b) rótulos mostrando animais (cachorros, cangurus, gatos, peixes etc.) continuarão a aumentar a sua popularidade entre os consumidores e a ajudar a vender mais; c) as tampas de rosca metálica selarão cada vez mais garrafas, substituindo as rolhas de cortiça; d) os tintos robustos, como os australianos com a uva Shiraz, manterão seu domínio. Serão, contudo, desafiados seriamente por varietais como as Malbec argentinas; e) colunas de vinho, sites e blogs sobre a bebida vão proliferar.
A crítica canadense Natalie McClean escreveu recentemente sobre as mudanças que vêm ocorrendo no mundo dos vinhos. Antes, na Idade Média, aconteciam a cada cem anos. Agora, as novidades são quase que mensais.
As uvas mais consumidas, Chardonnay e Cabernet Sauvignon, vêm sendo desafiadas pela Pinot Grigio (ou Pinot Gris, como queira) entre as brancas, e pela Pinot Noir, entre as tintas (efeito, talvez, do filme Sideways?). Evidente que a crítica usa estatísticas válidas para os Estados Unidos e Canadá. Mas o que toca lá acaba sendo ouvido por aqui.
Na arena tecnológica, primeiro assistimos ao advento da fermentação com temperatura controlada, permitindo que países mais quentes, como a Austrália, o Chile, o Brasil, produzissem vinhos de qualidade. Agora, computadores controlam desde a umidade do solo (e determinam quando irriga-lo) e até a da adega, fazendo jorrar um spray de água para manter a umidade em 80% (abaixo disso, o vinho começa a evaporar rapidamente). Usam até satélites com a tecnologia do GPS para localizar as vinhas que estão florescendo e decidir sobre uso de pesticidas ou de irrigação. Empregam uma marcação por DNA para identificar antecipadamente e curar plantas infectadas.
Nos próximos dez anos, o consumo de vinho nos Estados Unidos deverá aumentar 62,5% (pesquisa da International Wine and Spirit Record, IWSR). O vinho hoje já é mais consumido do que a cerveja pelo norte-americano. E pensar que em 1992 47% preferiam a cerveja e apenas 27% o vinho. Até 2009, a América se tornará o maior consumidor de vinho do mundo, com a França caindo do 1º para o 3º lugar e a Itália mantendo-se em 2º. Essas tendências são ajudadas pela consciência dos benefícios da bebida à saúde, por um número cada vez maior de cursos de vinho e do turismo.
Mas a crítica canadense faz outras predições, com base em acontecimentos mais recentes: a) os grandes grupos continuarão a engolir as pequenas vinícolas; b) rótulos mostrando animais (cachorros, cangurus, gatos, peixes etc.) continuarão a aumentar a sua popularidade entre os consumidores e a ajudar a vender mais; c) as tampas de rosca metálica selarão cada vez mais garrafas, substituindo as rolhas de cortiça; d) os tintos robustos, como os australianos com a uva Shiraz, manterão seu domínio. Serão, contudo, desafiados seriamente por varietais como as Malbec argentinas; e) colunas de vinho, sites e blogs sobre a bebida vão proliferar.
Torço muito para que essa última predição não falhe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário