13.3.10

Mais testes

1. Você está precisando perder peso e luta desesperadamente contra a barriga que está crescendo. Deve: a) parar de beber completamente já que o álcool contém calorias; b) beber sem susto, pois as calorias do álcool não se convertem em gordura; c) consumir apenas bebidas com uma contagem baixa de carboidratos; d) beber vinho pode ajudar a perder peso.
2. Frizzante é: a) o mesmo espumante; b) é um termo italiano para vinhos semi-espumantes; c) como os portugueses radicados no Brasil, ao tempo de D. Pedro I, denominavam o Champagne bebido pela Corte.
3. Viscosidade é uma palavra que faz parte da linguagem do vinho, o “vinhês”. Significa: a) que a garrafa ficou engordurada em razão do manuseio pelos produtores e comerciantes; b) resistência que o líquido (o vinho) oferece ao movimento: ou seja, o seu atrito na boca, quando bebemos; c) é o mesmo que “corpo” (“vinho com bom corpo”, dizem os críticos).
4. Mosto é outro termo nesse vocabulário técnico. Quer dizer: a) o mesmo que suco de uva; b) o vinho que ainda não foi filtrado e ainda apresenta galhos dos cachos, sementes, cascas e polpas da uva; c) nem uma coisa, nem outra.
5. Oscar de melhor ator, após seis indicações, pelo filme “Crazy Heart”, Jeff Bridges, 60 anos, possui um vinhedo em Santa Bárbara, Califórnia. Lá ele produz e comercializa: a) um vinho comum para o dia-a-dia, ainda não batizado; b) vinagre; c) suco de uva; d) o vinho “Be Here Soon”, nome de um dos seus álbuns.
Respostas:

1. Uma pesquisa recentíssima informa que a resposta correta é a última: se bebermos moderadamente (de uma a duas taças de vinho) vamos nos sair melhor em termos de perda de peso do que mulheres que absolutamente não colocam uma gota de álcool na boca. Esse trabalho foi realizado por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital (afiliado à Escola de Medicina de Harvard), em Boston, EUA. Eles reuniram uma amostragem de 19.220 mulheres, com 39 anos ou mais, todas com pesos considerados normais para essa faixa. Essas mulheres responderam a questionários sobre seus hábitos quanto a bebidas alcoólicas, o que bebiam normalmente no dia-a-dia. E por 13 anos foram acompanhadas, os pesquisadores interessados em saber o que o álcool conseguiria fazer com suas cinturas.
As taxas de consumo diário de álcool variaram muito entre elas. Mais de 38% responderam que eram abstêmias, enquanto 32,8% informaram que bebiam o equivalente a um terço de uma taça de vinho por dia (menos de 5 gramas de álcool). Um grupo de pouco mais de 20% registrou que bebiam o equivalente a uma caneca de cerveja ou a uma taça de vinho. Menos de 6% disseram beber duas taças diárias e 3% bebiam mais do que duas.
A má notícia ficou com o grupo de abstêmias. Embora todas as mulheres pesquisadas tivesse ganho peso ao longo desses 13 anos, foram as abstêmias que ganharam mais peso. As que beberam moderadamente ganharam menos peso, não importando a bebida de preferência: vinho tinto, vinho branco, cerveja ou destilados.
A pesquisa informa que 41,3% dessas mulheres tornaram-se gordas ou obesas. Mas foram as abstêmias as que engordaram mais. As mulheres que bebiam de um a dois drinques diários eram as menos prováveis em ingressar na categoria das gordas.
Segundo o estudo, as mulheres verificaram que a melhor bebida para ganhar pouco peso era o vinho tinto, enquanto o branco, na opinião delas, era o que mais inofensivo quanto a não ganhar peso algum.
Os pesquisadores alertam, contudo, que o álcool não deve ser utilizado como instrumento para a perda de peso. “O papel desempenhado pelo álcool no controle ou no ganho de peso ainda está longe de ser claro”, afirmam.
Quanto aos carboidratos: no caso dos vinhos, eles são fornecidos pela quantidade de açúcar que permanece no vinho após a fermentação. A quantidade é mínima: qualquer vinho seco contêm em média de 3 a 4 gramas de carboidratos (fornecidos pelo açúcar residual) em cada taça de vinho. Nenhum vinho seco deve preocupar quem procura perder peso. Afinal, é muito menos do que as 50 ou 60 gramas recomendadas por dietas do tipo Atkins e menos ainda do que contêm uma tulipa de cerveja ou um coquetel. Quanto aos vinhos, evite os doces e os fortificados.
Em tempo: um item não pesquisado foi a dieta dessas 19 mil mulheres ao longo desses anos. Será que o grupo de abstêmias não se controlava diante de um prato de comida ou ao passar pela lojinha de doces?
2. Frizzante é o termo italiano para vinhos semi-espumantes (esses, por sua vez, são completamente espumantes). Eles devem as suas bolhas a uma segunda fermentação em tanques de fermentação (normalmente pelo processo Charmat; a fermentação é interrompida num determinado estágio).
3. Segundo minha guru, Jancis Robinson, no “
The Oxford Companion to Wine”, viscosidade é a resistência de uma solução, no caso, do vinho ao fluxo ou ao seu movimento. O mel é mais viscoso do que um xarope, por exemplo, que é consideravelmente mais viscoso do que água. Viscosidade é mais ou menos o que os enófilos chamam de corpo: pode ser percebida pelo nosso paladar na forma de uma resistência quando bochechamos o vinho em nossa boca. Um vinho doce é bem mais viscoso do que um vinho seco, por exemplo.
4. Mosto, conforme a mesma guru, é o nome utilizado pelos vinicultores para o espesso líquido, que nem é suco, nem vinho, mas uma mistura de suco de uva e os fragmentos de talos, cascas, sementes originárias da prensa e da desengaçadora no início do processo de vinificação.
5. Jeff Bridges só não teve sucesso, até agora, em fazer vinhos de suas próprias uvas. Mas isso não o desanimou de ajudar a produzir vinho, mas para fins de caridade. Ele encomendou a uma vinícola de Sonoma, a Ledson, a criação de um vinho especial para a
Fundação Harmonia para Crianças (ajuda crianças em risco ou necessitadas). Daí surgiu o Ledson Harmony Collection Meritage 200, que é vendido a 98 dólares a garrafa na vinícola. Esse é o vinho que tem o nome do seu álbum no rótulo.
Na sua vinícola mesmo, só produz vinagre e suco de uva – que o ator qualifica como “esplêndido”. Jeff diz que gosta muito de vinho, embora não seja um conhecedor.
Fala que seu irmão e irmã, Beau e Cindy são os verdadeiros experts da família.

Da Adega.
Vinhos Kosher. A Páscoa Judaica está aí: dia 29 de março as famílias judaicas estarão reunidas em suas casas para uma ceia celebrando a libertação do jugo no Egito. Nessa ocasião, tomarão quatro taças de vinho. E esse vinho só poderão ser kosher, feito segundo os preceitos dietéticos judaicos. Para isso, a
Casa Valduga está oferecendo uma coleção de vinhos feitos segundo aquelas leis, o kashrut. Experimente o Casa Valduga K Cabernet Sauvignon, o Chardonnay, o Espumante Demi Sec e o Moscatel. É a Linha K feita com a supervisão de rabinos da BDK do Brasil.

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