4.3.09

O problema é ter mamas

O ovo era do mal. Agora é do bem. Pois agora o vinho entrou no circuito. Do mal. A bebida, cujo consumo podia até melhorar a nossa saúde, pode provocar câncer. Será que a história do ovo se repete?
A notícia, manchete em todo o mundo, ainda causa espanto: a maior pesquisa já realizada até hoje buscando determinar a relação entre bebidas alcoólicas e câncer, envolvendo nada menos do que 1,3 milhões de mulheres inglesas, descobriu que uma simples taça de vinho por dia, uma mera tulipa de chope ou de qualquer bebida alcoólica pode aumentar o risco de uma variedade de cânceres.
A pesquisa foi liderada pela Universidade de Oxford e foi publicada pelo Jornal do Instituto Nacional do Câncer (Journal of the National Cancer Institute, editado pela universidade).
Fico coçando a cabeça: logo a bebida que, além de nos dar prazer, adquiriu a imagem de uma espécie de fonte da juventude? É surpreendente! É de fundir a cuca. Até porque, no final, médicos que participaram desse trabalho acham que seus resultados possam ser erroneamente confundidos.
Vejam só: pelo menos metade das mulheres americanas bebe ocasionalmente. Lá, até mesmo o governo, através do seu “Guia Dietético para Americanos” (Dietary Guidelines for Americans), a bíblia do governo sobre tudo o que deve ou não ser consumido, afirma que o álcool pode ter efeitos “benéficos”. E admite que mulheres possam beber um drinque por dia (já os homens, naturalmente, ficam com dois).
Todos as pesquisas até hoje indicaram que o beber moderado pode reduzir o risco de doenças cardíacas, entre muitas outras. Não vamos esquecer que os cientistas identificaram uma substância no vinho tinto, o nosso já conhecido resveratrol, com grandes poderes antioxidantes, curativos mesmo.
A pesquisa atual é indireta, pois corresponde a análise de informações coletadas por um outro trabalho, maior, chamado de “Million Women Study” (mais ou menos “Estudo de Um Milhão de Mulheres”), que envolve hoje mais de um milhão de inglesas na faixa dos 50 anos para cima. É feito em colaboração com o Serviço Nacional de Saúde e o Centro de Pesquisa sobre Câncer, ambos ingleses. O foco principal desse estudo é sobre os efeitos sobre as terapias abrangendo hormônios. Contudo, pelo seu tamanho, uma série grande de questões de saúde pode ser acessada.
Desde 1996, os pesquisadores vêm reunindo dados detalhados de 1.280 mil inglesas entre 50 e 64 anos. No presente trabalho, cruzaram dados sobre quanto de bebidas alcoólicas consomem essas voluntárias. De 96 para cá repetiram o questionário duas vezes (uma vez a cada três anos), indagando sobre o consumo de álcool e uma possível relação com as 68.775 mulheres que desenvolveram cânceres nesse período (cerca de sete anos).
Mesmo entre mulheres que consumiam o equivalente a apenas um drinque (10 gramas de álcool) por dia, o risco de câncer de mamas, fígado e reto era elevado.
E por que o álcool aumenta o risco de câncer? Ah, isso o estudo não consegue esclarecer. Mas aponta para algumas possibilidades, como a de possibilitar o desenvolvimento de tumores malignos, aumentar quadros inflamatórios ou, no caso de câncer de mamas, elevar os níveis de estrógeno.
Contudo, temos limitações. Os pesquisadores não puderam distinguir entre mulheres que bebiam apenas um drinque por dia daquelas que bebiam sete drinques. E o curioso é que alguns dos pesquisadores se preocuparam com a possibilidade de assustar o público feminino de tal modo a privá-las dos possíveis efeitos benéficos de um drinque uma vez ou outra.
“Não podemos utilizar esse estudo para assustar as pessoas e afastá-las do álcool”, afirma o professor Eric Rimm, da Escola de Saúde Pública de Harvard. No que concorda Linda Van Horn, professora de medicina preventiva da Universidade de Northwestern, também inglesa. “Nenhum estudo será sempre o suficiente para que se façam recomendações”, esclarece.
O professor Rimm acrescenta que, no final, tudo ficará por conta de uma decisão pessoal, baseada no histórico de saúde de cada consumidora. Lembra que “algumas pessoas bebem por razões culturais, outras por motivos religiosos. Pessoalmente, penso que (o vinho) melhora o sabor dos alimentos e até algumas pessoas acham que incentiva ao convívio”.
O mesmo pensa a doutora Ellen Mack, que sabe um bocado sobre câncer e também sobre vinhos. Ela é uma neurologista aposentada, especializada em câncer do sistema nervoso central. Ela é sócia da Vinícola Russian Hill, na Califórnia, fundada por ela e Edward Gomez em 1997.
A doutora e vinicultora acha que, pelo estudo inglês, a associação entre álcool e câncer de mama existe, mas continua tênue. Por outro lado, acha também que permanece muito forte a evidência de que o álcool pode ser um benefício para o coração.
Outra médica, a Dra. Amy Shaw, diretora do Centro Médico de Saúde da Mulher de North Bay, Canadá, lembra que o a relação entre álcool e câncer não é nova. “É apenas mais um fator entre muitos que podem afetar a saúde das mulheres”. Explica que as pacientes de câncer de mama são aconselhadas a limitar o consumo de álcool. “Não vou dizer para pararem de beber, pois não estou convencida de que zero é melhor do que uma taça”.
Conheço muitos casos de mulheres que jamais apresentaram os conhecidos fatores de risco: obesidade, ociosidade, história familiar, consumo de álcool etc. E, contudo, foram diagnosticadas com câncer de mama já pelos trinta anos. Algumas, inclusive, depois de terem dado à luz e amamentarem seus filhos, fatores normalmente vistos como benéficos contra o risco da doença.
Eu prefiro pesquisas mais diretas, que não sejam releituras de estudos fundamentados em outros objetivos. Acho melhor ficar com algumas das recomendações feitas aqui, inclusive de médicos que participaram do estudo inglês. Vamos beber com moderação e não deixar nunca de fazer exames periódicos. E isso vale igualmente para quem não bebe.
No final, se temos mamas, estamos arriscadas a ter câncer. Simples assim Para mim, o problema não está diretamente no álcool. Mas no câncer, que continua sendo um grande mistério.
Da Adega
Dia Internacional da Mulher. A data, 8 de março, será comemorada num grande almoço, com direito a brindes, patrocinado
pela
Confraria Amigas do Vinho e pela Federação Brasileira de Confrarias e Associações Femininas do Vinho e do Espumante.
Participe: será Porto Bay Hotel Resort (Av. Atlântica, 1.500, Copacabana, Rio), a partir das 2 da tarde. As vagas são poucas. Mas você pode adquirir ingressos com a Kátia Regina (21-99838318), com a Maria Lúcia (21-97978277) ou com a Teresa Cristina (21-99830755).
Curso de Vinho para Mulheres. A sommelière Bianca Bittencourt está à frente do “Curso Básico de Vinhos para Mulheres”. Serão cinco aulas, uma vez por semana, num total de 7,30 horas, num programa que inclui a história do vinho, regiões produtoras, solo, clima, tipos de uva, vinificação, estilos de vinhos, armazenamento, rótulos, harmonização, serviço do vinho, estendendo-se pela fundamental análise sensorial.
O curso começa dia 17 de março e termina dia 14 de abril. O curso será na nova loja e bar de vinhos do Leblon, a Enosfera, na Rua General San Martin, 1241. Inscrições pelo telefone: 21-25122244.

5 comentários:

Anônimo disse...

bom eu sou a Xuxa da tv Xuxa eu queria que a minha mama crescese , mas so que a minha mama ta na face do crescimento.E verdade que a tutubarela cresce a mama

Anônimo disse...

Oi eu sou a mulher mais GGostosa doBBrasil eu gosto dos HHomens GGostosos eu dou o meu corpo sem pagar nada

Anônimo disse...

Oi eu sou a mulher mais GGostosa doBBrasil eu gosto dos HHomens GGostosos eu dou o meu corpo sem pagar nada

Anônimo disse...

Eu vou dar um bom dica pra voces que nao tem mama faz Sexo todoa os dias com o homens diferentes sexo doi mas e Gostosoooooooooooo Aiiiiii

Anônimo disse...

conformen com as suas mama.