26.9.06

Happy hour e outras horas

Amigas, não recusem o tradicional happy hour das sextas-feiras. Façam como muita gente em todo o mundo e saiam com suas amigas (e amigos) para o bar de sua preferência.
Pois vocês sabiam que esse happy hour faz aumentar salários? Em resumo, o salário da turma que sai com colegas de trabalho para beber é maior do que o dos abstêmios ou daqueles que optam por não sair.Não, não se trata de um “achômetro”, mas de pesquisa séria realizada por uma ONG americana, a Reason Foundation, com base em Los Angeles, Califórnia.
Uma organização considerada pelo Prêmio Nobel de Economia Milton Friedman, um padrão de tolerância, civilidade e consistência na defesa das liberdades individuais.
A Reason patrocinou recentemente uma pesquisa realizada pela PhD e economista, Bethany Peters, e pelo professor de economia, Edward Stringham, também PhD. Os dois pesquisaram dados que colocavam na berlinda teorias de que a bebida promove efeitos econômicos desastrosos. E verificaram que o hábito de beber (moderadamente) e salários estão correlacionados positivamente.
Os dois PhDs analisaram principalmente uma pesquisa realizada nacionalmente sobre (o “General Social Survey” - “Levantamento Social Geral” - realizado anualmente pela Universidade de Chicago e que tem, entre outros, o governo americano como cliente). E concluíram que os homens pessoas que bebem ganham até 19% mais do que as abstêmias. Entre as mulheres, as que bebem socialmente chegam a fazer 23% mais. Tentaram também diferenciar quem bebe socialmente dos que não bebem comparando os salários daqueles que freqüentam bares pelo menos uma vez por mês com os que não freqüentam.
Observa-se que tipicamente os bebedores tendem a ser mais sociáveis dos que os abstêmios. Um economista, Philip Cook explicou num estudo anterior que beber é uma atividade social e uma das razões pelas quais as pessoas bebem é a de tornarem-se mais sociáveis. Em outro estudo (como o de Olé-Jorgen Skog, “Interação Social e a Distribuição do Consumo de Álcool”, de 1980), demonstra-se que os bebedores moderados possuem as redes sociais mais fortes.
A conclusão dos dois economistas é a de que beber socialmente leva a um aumento do capital social. E capital social para os dois professores significa “as características sociais de uma pessoa, suas habilidades pessoais, seu carisma e em particular o tamanho do seu caderninho de endereços, o que vai permitir que ela colha frutos de sua interação com outras pessoas”. Se beber socialmente aumenta o capital social, logo pode também aumentar salários. Analisando o um “Levantamento da Qualidade do Emprego” o economista Philip Cook verificou acabavam ganhando sempre menos.
O “Levantamento Social Geral” responde a questões como a freqüência com a qual os respondentes vão a bares e restaurantes, seus padrões salariais, suas características demográficas e costumes quanto às bebidas alcoólicas.
Fica claro no estudo que os “moscas de botequim” estão em perigo. A turma dos 35 drinques por semana está mais para o desemprego do que outra coisa. Não se trata também de apenas sair para “ver e ser visto”. Mas para trocar informações com amigos, fazer novas amizades, buscar novas oportunidades. Tudo isso além de um copinho de cerveja. Não esqueçam dos cartões de vista e do caderninho de endereços: não saiam do trabalho sem eles.Veja todo o levantamento (inclusive notas e referências).
Papa Benedito: o novo sommelier. A Associação Italiana de Sommeliers concedeu ao Papa Benedito XVI o título honorário de sommelier. O que está criando uma saia (ou batina) justa para o Vaticano. A Santa Sé não confirmou a notícia, embora a Associação Italiana de Sommeliers tenha declarado que o Papa aceitara o título. Isso acontece num momento em que líderes muçulmanos estão protestando contra por uma suposta e desrespeitosa intromissão do papa nos credos maometanos.
Recentemente, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad recusou a comparecer a um jantar oferecido pelo Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, porque seria servido vinho, impensável para um muçulmano rigoroso. (Na verdade, o iraniano não queria mais conversas com Bush, com quem trombou por causa de armas nucleares. E olha que Busch, presente ao jantar, é outro abstêmio convicto).
Será que o Papa recebeu esse título por dizer que “era um humilde servo no vinhedo do Senhor”, no seu discurso inaugural? Ou porque compareceu a uma cerimônia de iniciação a sommeliers, quando recebeu um “Taste-Vin” de prata (uma pequena taça de metal utilizada para provar vinhos)?
A porta-voz do Vaticano, Irmã Maria Elizabeth declarou à revista inglesa Decanter que não existe um registro oficial da honraria e que, de qualquer modo, “isso não é realmente uma prioridade para o Papa”.
Vinho e religião. Como vimos, vinho e religião podem causar problemas, mesmo para aqueles afeitos ao vinho como um sacramento. O vinicultor Stephen Reustle, dono da “Prayer Rock Vineyard” (mais ou menos “Vinhedo da Pedra da Oração”), um cristão devoto, imprimiu um verso da Bíblia em cerca de 6000 rolhas e colocou em garrafas do seu Pinot Noir, Syrah e Riesling. Tirou a idéia de um outro vinhedo, que usa as rolhas com uma citação de Mahatma Gandhi.
A citação é do Eclesiastes: “Beba o seu vinho com o coração feliz, pois Deus o aprova”.
Mas nos Estados Unidos assuntos da igreja não se misturam com os de estado. E o nosso vinicultor foi oficialmente avisado pelas autoridades que deverá retirar a menção ao Velho Testamento (a alegação formal era a de que “não se pode criar uma informação enganosa a partir de chamadas curativas ou terapêuticas em embalagens ou criar associações duvidosas entre consumo de álcool e saúde...”). Reustle poderá no máximo vender as garrafas já arrolhadas e não repetir o feito nas próximas.
Em resumo, se as amigas não tiverem problemas com religião e bebidas, o negócio é aproveitar a próximo happy hour, sexta-feira. Vai fazer novos amigos e possivelmente aumentar seus salários.

Vinho, cerveja e babosa

Vinho X Cerveja. Sempre me perguntam porque prefiro vinho à cerveja. Vejam: eu bebo cerveja, gosto muito. Mas prefiro vinho. O assunto poderia terminar aqui. Mas como acham que sou a “expert” em bebidas me cobram as razões, uma postura racional, didática. Só levando no bom humor. Mas conheço um colega, Mark Fisher, que escreve o blog “Uncorked”, e oferece alguns bons motivos para justificar a minha preferência.
10 razões que tornam o vinho melhor que a cerveja:
1. A amiga já ouviu falar de uma “barriga de vinho”?
2. As taças de vinho pesam menos do que os canecos de cerveja.
3. Com o vinho, você arrotará menos (caso evite muita Champagne). Desculpem: poderia optar por “eructação”, que, para mim, equivale a dois arrotos lingüísticos.
4. Com vinho você vai bem menos ao toalete, concorda?
5. Ainda não vi nenhum filme onde a cerveja seja a estrela principal e ainda por cima é indicada para o Oscar (tal como aconteceu com Sideways, ano passado).
6. Vinho envelhece melhor (assim como aqueles que o bebem).
7. Jesus não transformou água em cerveja. Esse milagre hoje está a cargo das cervejeiras, que conseguem transformar cerveja em água num instante.
8. O vinho vai melhor com qualquer tipo de comida e não apenas com lingüiça, fritas e pastéis.
9. Nenhum homem vai ganhar pontos conosco se disser que sabe tudo de cervejas. Caso ele dissesse isso sobre vinhos, sua nota seria próxima de 10, certo?
10. E, para acabar com a argumentação: o vinho é simplesmente a bebida mais deliciosa, mais variada e mais complexa do planeta. É incrível como o suco fermentado de uma fruta apenas, a uva, pode nos oferecer estilos tão diferentes de líquido. Isso é apenas uma amostra do que a maior crítica de vinhos e degustadora do mundo, em minha opinião, Jancis Robison, pensa sobre a bebida.
Mas, cervejeiros, não percam por esperar. Nas próximas colunas vou apresentar as 10 principais razões pelas quais a cerveja é melhor do que o vinho.
A babosa e as uvas. As uvas também usam protetor solar, tá pensando o quê? Você pega um bronzeado hoje e enruga amanhã. As uvas também. Pensando assim, um produtor de Napa, Califórnia, que adota o método biodinâmico em seu vinhedo, aplica um “chá” em suas uvas de modo a prevenir que murchem sob o sol. Essa solução junta algas (para absorver raios ultravioletas) e “Aloe vera” (babosa) como um suavizante.
O vinicultor é Aaron Pott e a vinícola a Quintessa , de propriedade do casal Agustín e Valeria Huneeus. São 113,3 hectares em Rutherford onde produzem um blend de cabernet e merlot com o mesmo nome da vinícola, Quintessa. E que já recebeu extraordinários 94 pontos da revista Wine Enthusiast.
A vinícola não deixa de usar as formas tradicionais para abrandar o calor no verão: poda adequada das folhas e ramos das videiras e a rega da vinha com água fresca.
O composto de algas e babosa está relacionado com a biodinâmica, uma forma de agricultura onde é proibido o uso de pesticidas, herbicidas e fertilizantes artificiais e promove a diversidade no plantio e da vida animal para controlar pestes.
Os vinhos orgânicos já são uma realidade no mercado. Nossa ignorância dizia que a cultura do vinho, baseada na tradição de séculos, já seria intrinsecamente orgânica. Mas não. Com tantas pestes, o vinicultor é levado a utilizar elementos químicos e sintéticos. Solução que pode ser a final.
A agricultura orgânica preocupa-se com danos ao ecossistema. Suas técnicas foram popularizadas e nomeadas pelo fazendeiro e editor norte-americano J. I. Rodale em 1946, quando deu nome a esse novo sistema: Orgânico. Basicamente, os produtores de vinhos orgânicos evitam usar material químico e sintético no solo, nas vinhas e no produto acabado.
Mais antigo, o Sistema Biodinâmico parte de escritos do filósofo austríaco Rudolph Steiner, em 1924. É mais radical, principalmente no que é adicionado à terra, com preparados tirados da homeopatia para regular e melhorar o crescimento da vinha e a fertilidade do solo (e evitar ainda a erosão e proteger a quantidade e qualidade da água). Ainda lembramos que 60% de todos os herbicidas, 90% de todos os fungicidas e 30% de todos os inseticidas são cancerígenos segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
No caso da Quintessa, a teoria é a de que se uma planta se mostra resistente a insetos ou à seca é sinal de que possui qualidades que promovem essa resistência. Daí fazer um “chá” dessa planta e rega-lo em outra transferindo essa qualidade. Assim como nós humanos somos encorajados a nos hidratarmos no verão, o mesmo é verdadeiro para as plantas.
No Brasil, o único vinho orgânico certificado é o Velho do Museu, da Juan Carrau. Lá no sul não precisam de protetores solares, por enquanto.

25.9.06

Happy hour: a hora do lucro

Sexta-feira é dia de muita gente em todo o mundo tomar umas e outras com colegas de trabalho no bar preferido, ao fim do expediente, no happy hour. O leitor sabia que esse happy hour faz aumentar salários? Em resumo, o salário da turma que sai com colegas de trabalho para beber é maior do que o dos abstêmios ou daqueles que optam por não sair.
Não, não se trata de um “achômetro”, mas de pesquisa séria realizada por uma ONG americana, a Reason Foundation, com base em Los Angeles, Califórnia. Uma organização considerada pelo Prêmio Nobel de Economia Milton Friedman um padrão de tolerância, civilidade e consistência na defesa das liberdades individuais.
A Reason patrocinou recentemente uma pesquisa realizada pela PhD e economista, Bethany Peters, e pelo professor de economia, Edward Stringham, também PhD. Os dois pesquisaram dados que colocavam na berlinda teorias de que a bebida promove efeitos econômicos desastrosos. E verificaram que o hábito de beber (moderadamente) e salários estão correlacionados positivamente.
Os dois PhDs analisaram principalmente uma pesquisa realizada nacionalmente sobre (o “General Social Survey” - “Levantamento Social Geral” - realizado anualmente pela Universidade de Chicago e que tem, entre outros, o governo americano como cliente). E concluíram que os homens pessoas que bebem ganham até 19% mais do que as abstêmias. Entre as mulheres, as que bebem socialmente chegam a fazer 23% mais. Tentaram também diferenciar quem bebe socialmente dos que não bebem comparando os salários daqueles que freqüentam bares pelo menos uma vez por mês com os que não freqüentam.
A conclusão dos dois economistas é a de que beber socialmente leva a um aumento do capital social. E capital social para os dois professores significa “as características sociais de uma pessoa, suas habilidades pessoais, seu carisma e em particular o tamanho do seu caderninho de endereços, o que vai permitir que ela colha frutos de sua interação com outras pessoas”. Se beber socialmente aumenta o capital social, logo pode também aumentar salários. Analisando o um “Levantamento da Qualidade do Emprego” o economista Philip Cook verificou acabavam ganhando sempre menos.
Fica claro no estudo que os “moscas de botequim” estão em perigo. A turma dos 35 drinques por semana está mais para o desemprego do que outra coisa. Não se trata também de apenas sair para “ver e ser visto”. Mas para trocar informações com amigos, fazer novas amizades, buscar novas oportunidades. Tudo isso além de um copinho de cerveja.Veja todo o levantamento

18.9.06

Confrarias - Para a amiga do ABC

A Mariana Maziero estuda jornalismo numa universidade do ABC paulista e com mais dois amigos, está escrevendo matéria sobre vinhos. Um dos tópicos é sobre a mulher nesse pedaço. Mas o que ela quer mesmo saber é sobre as confrarias de vinhos: o que é discutido nesses clubes, como participar, como e quando são realizados os encontros, que cursos são ministrados, que tipo de vinho é mais consumido pelo sexo feminino, ou até mesmo o tipo de vinho indicado ao nosso sexo, como a mulher é vista nesse cenário? Ufa! E as perguntas não acabam aqui. Vamos lá.
Uma confraria pode ser definida como um grupo de pessoas que se reúne periodicamente para provar e debater sobre vinhos, sobre o assunto que mais lhe interessa, motivo desses encontros. Isso acontece desde os tempos de escola, de modo impositivo, quando éramos chamados para “grupos” de estudo, seminários disso e daquilo.
O que é discutido nesse grupo (ou confraria)? Ora, nas palavras de uma das maiores degustadoras e críticas de vinho do mundo, a inglesa Jancis Robinson, “vinho é simplesmente a bebida mais deliciosa, variada e mais complexa do planeta”.
- Para mim é incrível que o suco fermentado de uma única fruta, a uva, pode oferecer tantos e tão diferentes estilos em forma líquida. De cor quase branca, leve ao rico púrpura quase preto, macio e encorpado. Vem parado ou é um espumante, pode ser seco, sequíssimo ou doce, dulcíssimo.
E tudo isso vem do trabalho do vinicultor e da natureza. A uva pode oferecer um vinho de menos de 8% de álcool, passando pela média de 13,5% até mais de 15%. E, mais, os melhores vinhos têm a habilidade de durar por décadas (às vezes, por séculos). E não apenas durar, mas de melhorar com o tempo. Essa é a marca que definitivamente o diferencia de qualquer outra bebida. Além de tudo isso, o vinho carrega com ele muita história, a própria história da humanidade. E geografia para ele é crucial. Ele pode ser produzido por uma grande indústria ou por apenas uma pessoa, artesanalmente.
Poderíamos continuar e continuar. E tudo acima (e muito mais) é debatido, discutido, assim como num grupo de pessoas interessadas por futebol, culinária ou pôquer – as perguntas e o interesse são intermináveis. Como os tintos fermentam? E os brancos? Como conseguem suas cores, seus aromas, sabores? Como prova-los corretamente? Com que comidas eles podem combinar? Quais as temperaturas certas para servir essa bebida? As perguntas nunca acabam.
Qualquer pessoa pode ingressar numa confraria – basta ter o mesmo interesse por vinho, sem que necessite ser especializado ou um sommelier.
Agora, é bom diferenciar uma confraria, tal como a apresentei acima de um clube de vinho – que é uma entidade que cobra uma taxa periódica para que você receba determinados vinhos em casa. Ou para que você participe de reuniões de degustações assistidas por uma pessoa especializada. Ou mesmo para que você participe de cursos sobre vinhos.
No final, uma confraria acaba promovendo essas degustações e cursos, na medida em que o grupo aumenta. Acaba também sugerindo uma taxa para a compra de vinhos e até o aluguel de um espaço onde a turma possa se reunir.
Para que se tenha uma idéia da força que uma confraria ou um clube pode ter: um levantamento feito em 2004 pela vinícolas da Califórnia (o maior estado produtor de vinhos dos EUA) revela que 24% das vendas diretas de vinhos foram feitas para clubes (ou confrarias). É uma senhora fatia de mercado. Acho que nenhuma marca de vinho tem, sozinha, essa participação em vendas, em qualquer parte do mundo.
Criar confrarias e clubes são idéias que vêm sendo utilizadas com sucesso pelas vinícolas e comerciantes de vinho. A Impexo, um importante importador e exportador de vinho, com sede no Rio e filial em São Paulo (Rua Coronel José Eusébio, 95, Travessa Dona Paula), oferece um Clube do Vinho. Veja aqui.
Basta você se cadastrar para receber uma newlettter relacionada ao setor vinícola, com informações sobre degustações e promoções dos vinhos vendidos pela casa.
A poderosa rede Pão de Açúcar tem não as suas “Confrarias Pão de Açúcar”, que se propõem a “desvendar os mistérios da degustação de vinhos”. Você vai a qualquer filial da rede e se informa com o atendente da seção de vinhos como aderir a um desses grupos. O Pão de Açúcar tem uma das maiores e melhores seções de vinhos do país, para esse tipo de loja. O que não é surpresa, pois a direção da casa entregou a parte de vinhos (das compras, à seleção e à promoção e educação) a um dos maiores especialistas em vinhos do Brasil, o crítico e historiador Carlos Cabral. Ele é um renomado especialista e historiador de vinhos (é autor da imperdível “Presença do Vinho no Brasil”) e fundador da mais antiga confraria de vinhos do país, a SBAV – Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, com sede em São Paulo (e hoje com filiais em vários estados).
Visite o site do Pão de Açúcar e saiba mais como inscrever-se nessas confrarias.
Existem sites na internet que se apresentam como clubes de vinho. É o exemplo do winept.com.
Aí mesmo em SP, temo um clube do vinho do Tatuapé. É o Vinus Club.
E veja também no site da Academia de Vinho uma das mais completas lista de associações, sociedades e confrarias enológicas.
Tenho certeza que cada um dos endereços que estão lá serão ótima referência para o trabalho que você estão fazendo. Vale, porém, prestar atenção nas confrarias que estão sendo criadas por mulheres e para mulheres. É o caso da Confraria Amigas do Vinho, criada no Rio de Janeiro e já com filiais em SP, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. As Amigas do Vinho são filiadas à International Associated Women in Wine e à FEBAVE – Federação Brasileira de Confrarias e Associações Femininas do Vinho e do Espumante. Não deixe de visitar as Amigas do Vinho.
Qual o tipo de vinho mais consumido pelo sexo feminino? Não existe isso de “vinho para mulheres” e “vinho para homens”. É uma falácia do sexo masculino tentando mais uma vez submeter-nos. Vocês já devem saber que as mulheres possuem propriedades degustativas mais apuradas do que a dos homens.
Uma das maiores redes de supermercado da Inglaterra, a Tesco, contrata grávidas para testarem seus vinhos - que oferece em grande quantidade, qualidade e a bons preços. A equipe que negocia e compra vinhos para essa rede é composta quase que exclusivamente por mulheres e suas seleções são sempre elogiadas.
Seria a divisão de vinhos da Tesco radicalmente feminista, um clube da Luluzinha, onde homens não entram? Não, o caso não é bem esse. Sob o prisma científico, os homens perdem para as mulheres quando o negócio é identificar e qualificar aromas e sabores em geral e dos vinhos em particular. Segundo estudo do Grupo de Pesquisa Multissensorial da Universidade de Oxford, Inglaterra, as mulheres são melhores na identificação de aromas e sabores.
Através de técnicas, como a da ressonância magnética, cientistas e médicos registram o que acontece no nosso cérebro quanto nos submetemos a ações, como a de cheirar, por exemplo. O fluxo do sangue mostra quais as áreas são acionadas e com qual intensidade.
Não só a Universidade de Oxford chegou a esse resultado. A da Pensilvânia, nos Estados Unidos, também: demonstrou que as mulheres usam o cérebro até oito vezes mais do que os homens quando cheiram alguma coisa. "Sua capacidade olfativa tem amplo limite de detecção e definição mais aguda e certeira".
Numa outra pesquisa, realizada pelo Centro de Sentidos Químicos da Filadélfia, demonstrou-se que as mulheres em idade reprodutiva têm sua sensibilidade olfativa aumentada. Explica o estudo que "a mulher, nessa fase, precisa encontrar o seu par; precisa identificar fontes de alimentos nutritivos e evitar elementos tóxicos". É a velha luta evolucionária pela sobrevivência.
A Dra. Linda Bartshulk, da Universidade de Yale, coloca as mulheres na categoria de superdegustadoras, onde apenas se situam 25% das pessoas para quem as sensações de aroma e sabor são mais intensas. "35% das mulheres são superdegustadoras; apenas 15% dos homens estão nessa categoria".
Um crítico de vinhos inglês, Peter Richards, resolveu fazer conferir ele mesmo essas pesquisas. Foi para uma loja de vinhos e testou 20 clientes ao acaso, entre homens e mulheres. Ofereceu uma série de três taças de vinhos: duas com um branco espanhol e uma com um chileno também branco, todas apresentando apenas sutis diferenças.
Uma em cada duas mulheres identificou os aromas, contra apenas um homem em cada seis. Richard recolheu o seu time. A identificação de aromas e sabores ainda é uma área profissional dominada pelos homens, no mundo dos vinhos. Sua competência vem da prática, do exercício de cheirar e degustar diariamente.
Outro fato: nos Estados Unidos, são as mulheres as maiores compradoras de vinho (compram 60% dos vinhos do mercado) e consomem tanto quanto os homens. Essa história de que vinho branco e rosado é só para mulheres é historia de machista.
O que acontece é que a indústria do vinho vem há séculos sendo um negócio de homens. E só recentemente as mulheres estão podendo colocar um pé nessa porta – seja como enólogas, jornalistas, comerciantes etc. Os preconceitos ainda existem. A nossa citada Jancis Robinson ficou furiosa quando recebeu da revista Decanter (também inglesa e uma das melhores publicações do ramo) o título de “Homem do Ano” (personalidade do ano no setor de vinhos).
O vinho deixou há algum tempo de ser um produto elitista. É hoje um produto de consumo geral. Hoje, os produtores estão abrindo mercados como o da China, aparentemente estranho a essa bebida. Mas que, como “novo rico”, está querendo (e podendo comprar) os gostos ocidentais.
O vinho já é um mercado consolidado no Brasil, apesar de nosso baixo consumo per capita (2% da população). Só que, como em qualquer outro segmento, tem gente que se aventura demais, sem estudar o produto e o mercado. E acontece o que aconteceu com a febre das locadoras há alguns anos.
Temos bons vinhos no sul, onde agora, na Campanha gaúcha, encontraram uma boa área para vinhos, em particular os tintos. Na serra gaúcha, os brancos se dão melhor. Agora, usando técnicas especiais, estão produzindo vinho no Vale do São Francisco, em Pernambuco – vinho esse que já está sendo exportado para a Europa.
O crescimento se deve ao interesse pela bebida – que cresceu muito (aqui e em todo o mundo) a partir dos anos 80, principalmente pelas notícias a respeito dos efeitos positivos do vinho (o tinto em particular) para a saúde.
O interesse vem de muito tempo: quando morava no exterior, trabalhei uma vinícola, como picadora (colheitadora) e no laboratório da vinícola. No Brasil, tive uma loja de vinhos em Itaipava, na serra de Petrópolis e um atacado da bebida na cidade do Rio de Janeiro. Ambos os negócios não deram certo, pois sou péssima comerciante. Mas como jornalista formada não foi difícil aceitar convites para escrever sobre essa bebida maravilhosa.
Sou jornalista especializada em vinhos há oito anos. Se considerar meu tempo engajada com vinho no exterior, mais os tempos de comerciante e de jornalista, tenho uns 16 anos no ramo.
Escrevo de minha casa, em Secretário, um pequeno distrito ao lado de Itaipava. A internet é a minha grande aliada. Sou vizinha de porta de todo o mundo. Escrevo para o segundo caderno da Tribuna da Imprensa, o Tribuna Bis. Minha coluna (Adega & Bar) sai todas as quintas-feiras.
Escrevo também para um portal feminino, o Bolsa de Mulher. A coluna (Sonia Melier) costuma sair a partir das sextas-feiras.
E tenho o meu blog, o Sonia Melier. Não deixe de visitá-lo: http://soniamelier.blogspot.com/
Mulheres que atuam na área: conheço apenas de nome (e de admiração). Temos a Luciana Froes na Veja. A Deise Novakoski, que é sommelier de restaurantes classe A no Rio e escreve na Revista semanal de O Globo. E tem a Alexandra Corvo Alexandra Corvo é formada Sommelière pela Ecole d'ingenieurs Oenologiques de Changins, na Suíça e dirige a empresa Ciclo das Vinhas, especializada em cursos de vinhos para amadores e profissionais. Ela está sempre na Vejinha e no seu próprio site, o Ciclo das Vinhas.
Se ficou faltando alguma coisa é só clicar aqui para a Soninha. Será um prazer atendê-la. E não deixe de visitar o meu blog.

O que você sabe sobre rolhas?

Quer dizer: sobre as rolhas de cortiça, as originais. Elas vão acabar e ser substituídas pelas sintéticas, ou pelas roscas metálicas, pelas rolhas técnicas (discos de cortiça e corpo de cortiça granulada) ou pelas "bag-in-box"?
Quem foi a primeira pessoa a utilizar uma rolha de cortiça numa garrafa de vinho? O que é “amadia”? Por quanto tempo uma boa rolha de cortiça pode proteger um vinho como um bom Bordeaux?
A APCOR (Associação Portuguesa da Cortiça), um consórcio de produtores de cortiça de Portugal, o maior produtor do mundo dessas tampas, projetou um curso online de modo a aumentar o conhecimento sobre as rolhas. É dirigido a profissionais, educadores e ao público em geral.
O caso é que a oxidação e principalmente a contaminação dos vinhos pelo TCA (2,4,6-trichloroanisole), um componente químico que infecta a rolha, deixando a bebida intragável pelo seu odor desagradável. Estima-se que, no total, a indústria vinícola perca até 7% de seus vinhos pela “doença da rolha”. É um senhor prejuízo e, daí, a busca por tampas alternativas.
A Nova Zelândia lidera a busca pela mudança, favorecendo as tampas de rosca, seguida pela Austrália e Estados Unidos. Mas se as mudanças são bem-vindas, a APCOR apresenta pesquisas para demonstrar que os consumidores amam a rolha natural (de cortiça pura), embora concorde que há ainda algum trabalho educativo a fazer sobre suas tampas.
Pesquisas, em particular uma realizada este ano nos Estados Unidos, demonstram que os consumidores preferem as rolhas de cortiça sobre todas as outras: nove consumidores entre 10 (94%) pensam que tampas que não as de cortiça “barateiam” os vinhos. Em 2005, a revista Wine Spectator mostrou que 81% dos questionados (via Internet) preferiam as de cortiça às de rosca de metal. Em 2004, uma importante empresa de consultoria especializada na indústria do vinho, a Wine Intelligence, realizou uma grande pesquisa sobre dois tipos de tampas: as de cortiça e as de metal (alumínio). Dois terços dos respondentes ficaram com as de cortiça, 52% rejeitaram as de metal. Assim, o melhor mesmo é saber mais sobre as rolhas de cortiça. Seguramente, elas são ecologicamente sustentáveis, o carvalho de onde deriva (o quercus suber), fértil na bacia do Mediterrâneo, jamais é derrubado e pode durar até 200 anos. Vale, portanto, fazer o teste no site “Real Cork”.
Você vai ficar sabendo que foi o lendário Dom Perignon o primeiro a usar uma rolha de cortiça numa garrafa - de Champagne. Que “amadia” é uma rolha de alta qualidade obtida apenas a partir da terceira colheita e que uma boa rolha pode proteger vinhos finos por até 25 anos. Não deixe de fazer o teste.

Gestação e Álcool

Beber durante a gravidez, mesmo com moderação, faz mal ao feto ou não? Um respeitado autor e crítico de vinhos, Daniel Rogov, cria polêmica com artigo que publicou num site também feminino como o Bolsa, exclusivo para mulheres que gostam de vinhos: o “Women Wine Critics Board
O título do artigo já diz tudo: “Vinho e Gravidez – As mentiras que contam para as mulheres”. Rogov lembra que desde 1990 cada garrafa de vinho ou de destilado vendida nos Estados Unidos carrega uma advertência da autoridade máxima do país na área de saúde (o tal do “Surgeon General”) afirmando que “as mulheres não devem consumir bebidas alcoólicas durante a gestação em razão dos riscos de causar defeitos no feto”.
Diz o autor que, não bastando esse aviso, e aumentando a ansiedade em mulheres já preocupadas com sua própria saúde e a dos seus fetos, centenas de matérias na mídia devotam-se em convencê-las de que se beberem uma só gota de álcool durante a gravidez há uma chance de o bebê nascer deformado, viciado em álcool ou retardado.
Daniel Rogov aponta, contudo, que uma grande quantidade de pesquisas recentes e um reexame da questão de álcool na gravidez mostra que não há uma evidência conclusiva que demonstre danos aos fetos caso consumamos álcool moderadamente antes e durante a gravidez.
Segundo os médicos David Whiteen e Martin Lipp, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, “a campanha contra beber-se durante a gravidez começou em 1973, quando vários estudos demonstram que o álcool consumido em demasia podia causar uma condição chamada de Síndrome Fetal do Álcool. Esses estudos mostraram que os filhos de muitas mães alcoólicas nasciam com um acúmulo de sérios defeitos”.
Mas esses mesmos médicos observam que “o que o governo convenientemente escolheu ignorar é que essa síndrome é extremamente rara, ocorrendo apenas em 3 bebês entre 100 mil nascimentos – e mesmo assim apenas quando a mãe abusava do álcool durante todo o período da gravidez”.
Lipp e Whiteen figuram entre o número crescente de médicos e pesquisadores que acham não haver razão de uma grávida preocupar-se ao beber apenas uma taça de vinho por dia. A revista Wine Spectator, inclusive, já publicou uma edição a respeito dessa controvérsia (31 de agosto de 1994) e seu editor na ocasião, Thomas Matthews, escreveu que “há inclusive novas pesquisas demonstrando que beber-se moderadamente durante a gravidez pode na verdade ajudar o desenvolvimento da criança após o nascimento”.
Nessa edição da WS, um artigo da famosa Jancis Robinson, Master of Wine, inglesa, autora e uma das maiores críticas e degustadoras de vinho do mundo – refere-se à posição subalterna que os homens sempre colocaram as mulheres, em particular durante a gravidez. “Os homens só vão parar de deitar regra sobre o comportamento das mulheres durante a gravidez no momento em que puderem ter filhos”, diz a inglesa.
“Estou convencida de que ninguém deve se sentir culpada em beber socialmente durante a gravidez”. A própria Jancis, mãe de três filhos, bebia uma taça de vinho diariamente nos seus tempos de grávida. Nas suas degustações apenas provava o vinho, sem ingerir qualquer quantidade de álcool, como manda o figurino. A crítica observa que ela e suas colegas profissionais do vinho devem ter verificado, como ela, que durante a gravidez suas habilidades gustativas melhoraram.
Voltemos ao artigo do Daniel Rogov. Ele não questiona do fato de que o consumo de grandes quantidades de álcool durante a gravidez pode prejudicar o feto. “Está provado, por exemplo, que filhos de mulheres que bebem mais de 3-4 taças de vinho diariamente seus bebês nascem com pesos e tamanhos menores do que as que bebem de uma a duas taças por dia. Além disso, tem-se como certo que ao tomar diariamente cinco ou mais taças de vinho (uma garrafa, praticamente) a gestante coloca o feto em perigo”.
Genevieve Knupfer, do Grupo de Pesquisa sobre o Álcool da Universidade de Berkeley, na Califórnia, observa que muito do que se fala deriva de estudos utilizando metodologia imprecisa. Em várias pesquisas, por exemplo, os pesquisadores definiram “bebedoras pesadas” como aquelas mulheres que consumiam mais de uma taça por dia.
Essa observação é confirmada pelo Dr. Michael Samuels, do New York City’s Doctor’s Hospital. “Muita informação foi distorcida com o objetivo de assustar as mulheres”. O médico revela que nascimentos com defeitos de qualquer natureza ocorrem em 3 a 5% dos bebês nascidos nos Estados Unidos. E somente de 1 a 2% tem relação com o álcool.
Com base nos números do Dr. Samuels e de outros pesquisadores, Daniel Rogov conclui que menos de 0,1% de todos os nascimentos defeituosos estão relacionados com o álcool e que mais de 90% das crianças afetadas são nascidas de mães com uma história de abuso de álcool.
O autor aponta ainda o fato de que nenhum estudo feito a partir de meados dos anos 80 conseguiu demonstrar a correlação direta entre consumo moderado de álcool e nascimentos problemáticos. Um desses estudos, englobando 33.300 mulheres da Califórnia, demonstrou que mesmo que 47% delas bebessem moderadamente durante a gravidez nenhum de seus bebês ficou dentro do perfil da “Síndrome Fetal do Álcool”. Os autores desse estudo concluíram que “o álcool em níveis moderados não é uma causa significante de má-formação em nossa sociedade e que é completamente injustificada a posição de que há perigo em beber-se moderadamente”.
Ao contrário. Alguns estudos até indicam que o beber moderado pode na verdade resultar em gestações de sucesso. É o caso de um estudo publicado em 1993 na “American Journal of Epidemiology”, por Ruth Little e Clarence Weinberg. As duas concluíram, por exemplo, que o número de perdas de fetos em razão de partos prematuros em mulheres que bebiam moderadamente era bem menor. E, mais: algum álcool pode até servir de proteção contra nascimentos prematuros.
O que é confirmado pela Dra. Martha Direnfeld, da Universidade de Haifa, Israel. Ela nota que, quando utilizado apropriadamente, o álcool é sabidamente uma ajuda para interromper contrações uterinas indesejadas e, assim, “salvar muitas gestações que poderiam ser espontaneamente abortadas”.
Nessa linha, o Dr. Robert Sokol, do Instituto Nacional de Abuso do Álcool, de Detroit, mostrou que são as bebedoras moderadas e não as abstêmias as que têm as melhores chances de ter um bebê com um peso ótimo. Em seu livro “O Álcool e o Feto”, os médicos Henry Rosset e Lynn Wiener fornecem dados demonstrando que filhos de bebedoras moderadas têm conseguido as notas mais altas nos testes de desenvolvimento (na faixa de 18 meses de idade).
Apesar de todas essas descobertas, o governo norte-americano, a Associação Médica Americana, a Associação Médica Britânica e a grande maioria dos médicos americanos e ingleses continuam a recomenda a completa abstenção do vinho, cerveja e destilados durante a gravidez. “É que esse é um debate tão emocional, ideológico e político quanto médico”.
A jornalista Katha Pollit, do The Nation, observa que “todas essas advertências permitem que o governo apareça como preocupado com nossos bebês – sem que tenha que gastar dinheiro ou mudar suas prioridades ou desafiar interesses velados”.
Voltamos ao editor do Wine Spectator, Thomas Matthews. “É importante perguntar: é arriscado se comparado a quê?” Num livro recente, “Os mitos da maternidade”, Shary Turner, sua autora, indica que o álcool é o único fator de risco lembrado às grávidas. “E a cafeína, o chocolate, as drogas para resfriados, o esmalte para unhas, as ostras cruas, as loções bronzeadoras? Tudo isso pode fazer mal ao feto”.
Não há 100% de certeza sobre a matéria e muitos continuam a insistir que a abstinência total é o melhor remédio. Outros, porém, acham ilógica essa atitude e concluem que os riscos e benefícios associados com o consumo moderado de vinho comparam-se favoravelmente à maioria das outras atividades do nosso dia-a-dia.
“Uma ou duas taças de vinho por dia podem ser parte de um estilo de vida saudável para a maioria das pessoas, inclusive para as grávidas”, afirmarm os médicos Whiteen e Lipp. Os ginecologistas e pesquisadores israelenses, Howard Carp e Martha Direnfeld também acham que as mulheres que já bebiam moderadamente antes da gravidez “não estarão colocando seus fetos em risco se continuarem da mesma maneira durante a gestação”.Daniel Rogov, cujo artigo é base dessa coluna, é o crítico de vinho e gastronomia do HaAretz, importante jornal israelense. É autor do Guia Rogov de Vinhos de Israel e um contribuinte regular do Wine Report de Tom Stevenson e do Guia de Vinhos de Bolso de Hugh Johnson, o famoso crítico inglês. Visite o seu site na Internet.
Claro que mais adiante publicarei algumas das contestações ao artigo de Rogov. Mas deixo aqui a minha posição. Fico com a sugestão de Jancis Robinson no artigo da Wine Spectator que citamos acima: “Deixem as mulheres decidir sobre vinho e gravidez”.
Muitas vezes é o excesso de trabalho que vai prejudicar a gestação e não uma tacinha de vinho.E você, leitora, qual a sua posição? Não deixe de dar a sua opinião aqui para a Soninha (no soniamelier@terra.com.br).