27.2.10

Um teste, para começar

Agora que o ano começou, que tal testar seus conhecimentos sobre os vinhos, um quiz como se diz?
1. Que tipo de maceração é utilizado na região de Beaujolais, França? a) Plutônica; b) Carbônica; c) Teutônica; d) Mnemônica?
2. Onde fica a região vinícola da Mosela? a) França; b) Áustria; c) Alemanha; d) Espanha; e) Petrópolis.
3. Qual a mais importante uva tinta do Loire? a) Pinot Noir; b) Cabernet Franc; c) Cabernet Sauvignon; d) Gamay.
4. A uva Mencia faz vinhos de que cor? a) tintos; b) rosés; c) brancos; d) cinza (um rosé pálido).
5. O produtor Lisini opera em que país? a) França; b) Espanha; c) Itália; d) Alemanha; d) Argentina.
6. Qual o país de origem dos produtores Jacques e François Lurton? a) França; b) Argentina; c) Estados Unidos; d) Austrália.
7. Qual é a temperatura de serviço recomendada para um Champagne: a) Entre zero e 5º C; b) entre 5 e 10º C; d) entre 10 e 15º C.
8. Qual o nome da região francesa onde o famoso Muscat Beaumes de Venise é feito? a) Vale do Ródano; b) Borgonha; c) Loire; d) Cognac.
9. O que é a Touriga Francesca? a) Um produtor da Argentina; b) Uma variedade de uva utilizada no vinho do Porto; c) Um vinho fortificado francês; d) Um método de vinificação comum na região do Veneto, Itália.
10. Que região vinícola francesa também é conhecida por Midi? a) Languedoc-Roussillon; b) Bordeaux; c) Borgonha; c) Beaujolais.
Respostas:

1. A técnica da maceração carbônica é largamente empregada na região de Beaujolais, França. A maceração carbônica envolve o amolecimento de uma substância sólida por um líquido, no caso, das uvas em seus próprios sucos, fazendo com que fermentem sob uma “capa” natural de dióxido de carbono. O resultado é um vinho de muita cor e frescor, com sabor de frutas, mas com poucos taninos.
2. O Mosela é o principal tributário do lado esquerdo do rio Reno, na Alemanha (a partir de Klobenz. Ele nasce na Alsácia, França, em direção a Luxemburgo e a Alemanha, onde forma o belíssimo Vale do Mosela, famoso também pelo seu excelente vinho. Daqui saem os preciosos Rieslings, Elblings, Müller-Thurgau, Kerners e Auxerrois.
3. Cabernet Franc é a principal uva tinta do Loire. É encontrada em regiões mais frias, como a do Anjou-Saumur, cujo clima serve para acentuar sua qualidade aromática. Mas, atenção: a região também produz vinhos ótimos como os de Bonnezeaux, com a Chenin Blanc e o famoso Rosé d’Anjou.
4. A uva Mencia é utilizada pela região vinícola de Bierzo (ou El Bierzo), na Espanha, para fazer um ótimo vinho tinto. É uma região antiqüíssima, no canto noroeste de Castilla y León, perto da fronteira com a Galícia. Graças a investimentos e a inovações, El Bierzo é hoje uma das estrelas na constelação vinícola espanhola, ao lado de Rueda, Penedés, Toro e Jumilla.
5. Lisini é um dos principais produtores do famoso Brunello de Montalcino, na Itália. A propriedade está nas mãos da família Clementi-Lisini desde a Renascença. Fica ao sul de Montalcino, perto da vila de Sant’Angelo. O seu enólogo é Franc Bernabei, um guru que conseguiu colocar a propriedade em pé de igualdade aos melhores produtores do Brunello: um vinho rico, encorpado, textura soberba, maravilhosamente harmonioso.
6. Jacques e François Lurton são franceses, mas têm propriedades na Argentina, onde começaram a produzir em 1992, na região de Mendoza, aos pés dos Andes, bem acima do nível do mar. Hoje, os Lurton fazem vinhos em todo o mundo. Na Argentina, trabalham muito bem com a Chardonnay, mas sua marca mais famosa é a Santa Celina, feita com a Pinot Gris.
7. Um espumante, em particular um Champagne, deve ser servido entre 5 o 10º C. Lembre-se que muito gelado, o vinho terá seu sabor mascarado. Quanto mais fino for o vinho menos ele precisa ser refrigerado. Água e pedras de gelo num balde gelam mais eficiente e rapidamente do que apenas gelo.
8. Muscat Beaumes de Venise é um vinho doce feito no Vale do Ródano, França. Beaumes de Venise é uma vila no Vaucluse, perto de Vacqueyras e Gigondas. Foi elevada a AOC em 2005, pela qualidade de seus tintos. Contudo, é uma região mais conhecido pelo seus Muscats doces e fortificados, que têm sua própria AOC, justamente a Muscat de Beaumes de Venise, um vinho doce natural que chegou a ser mais popular que os Sauternes e os doces alemães entre 1970 e 1980. Tem um mínimo de 15% de álcool, baixa acidez e é intensamente doce. O que surpreende é a sua surpreendente delicadeza, com uma fragrância floral. É feito exclusivamente da cepa Muscat Blanc à Petits Grains. Deve ser bebido o mais jovem possível, ligeiramente gelado, seja como aperitivo ou acompanhando uma sobremesa. Faz ótimo par com sorvetes.
9. A Touriga Francesa é uma das 40 cepas permitidas na produção de vinhos do Porto. Possui uma casca muito fina e seus vinhos são menos densos em cor e em taninos do que a sua colega, a Touriga Nacional. Contribui, porém, com fruto, aromas e maciez. Outras estrelas importantes na constelação do vinho do Porto são a Touriga Nacional (grande extrato, muitos taninos, corpo e estrutura no blend), a Tinta Roriz (nome português para a espanhola Tempranillo, contribuindo com muito açúcar e baixa acidez), Tinta Barroca (delicadeza, fines se, frutos aveludados: entra com elegância e frutos maduros na mistura final) e Tinto Cão (vinhos finos, complexos: é a menos importante dessa série, pois sua produção foi grandemente reduzida).
10. Languedoc-Roussillon, também chamada de Midi, é uma das 26 regiões da França, vastíssima, localizada no sul do país, ao longo do Mediterrâneo. É um oceano de vinhos, produzindo entre 35 e 40% das uvas e perto de 300 milhões de caixas de vinho anualmente.
Agora, coloquei o Mosela em Petrópolis (na segunda questão), só para puxar a brasa para um querido bairro de Petrópolis, que lembra a presença dos imigrantes alemães na Serra. Mas vinho nessa minha Mosela só no mercado.

Da Adega
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