“O que esse #%+@$*& do Al Gore sabe de vinhos? O melhor é encher sua boca de rolhas e mandá-lo passear”. Li esses comentários na Decanter online sobre a conferência que o Prêmio Nobel da Paz e ex-vice-presidente norte-americano fará sobre mudança de clima e seu impacto sobre os vinhos, em fevereiro de 2008, em Barcelona.
O fato de Gore ter dividido o Nobel com os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças de Climáticas já o credencia. Ele sabe que o clima nas regiões apropriadas para o cultivo da vinha (entre os paralelos 30 e 50, em ambos os hemisférios) já começou a mudar. Nas tradicionais áreas frias e úmidas, como a Inglaterra, já se produz vinhos de qualidade. E, ao contrário, nas regiões temperadas e quentes as dificuldades já se apresentaram. Continuar a cultivar as variedades clássicas começa a ficar difícil. Estudam já novas variedades, novos clones e uvas híbridas, com maior resistência às novas condições climáticas. Diferentes técnicas terão de ser pensadas. O efeito estufa promove prejuízos em todos os setores (não apenas o do vinho) em conseqüência de secas e enchentes, tornados e tormentas devastando grandes áreas do planeta: os prejuízos exorbitantes com a perda de vidas, reconstrução de cidades, portos, fábricas, cultivos, fome, saúde etc.
Al Gore pedirá atenção, por exemplo, para as destrutivas pegadas de carbono deixadas pela produção e transporte. Poderá comentar sobre itens algo esquecidos, como a moda em produzir garrafas bem mais grossas, de modo a induzir o consumidor a pensar que dentro delas vai um vinho melhor. Uma pesquisa inglesa demonstrou que os consumidores ao examinarem uma garrafa de vinho dão preferência, pela ordem: à variedade da uva (74%), ao preço (66%), ao país de origem (63%), à cor da garrafa (10%) e ao peso da garrafa (7%). 63% dos pesquisados acham que o vinho, qualquer vinho, deve se apresentar numa garrafa de vidro. Embalagens de plástico e em Tetra Pak tiveram 37% de aceitação. Al Gore e todos nós sabemos que o problema do aquecimento é obra dos homens.
E o prejuízo causado pelo transporte? Australianos estão começando a embarcar vinho a granel em containers para a Inglaterra. A bebida será engarrafa no destino. Os chilenos fazem isso há anos (para os EUA principalmente). É muito mais barato. O planeta acabará implodindo com a emissão de gases resultantes do transporte de garrafas pra lá e pra cá.
Imagino que Gore não vá girar uma taça, cheirar o vinho, provar dele e dar a sua nota. Vai mais uma vez explicar que o problema é gravíssimo, que está em nossas mãos minimizá-lo e adotar medidas severas, caso contrário nossos filhos e netos vão conviver com os efeitos catastróficos dessa atitude irresponsável de consumir sem remorsos os recursos naturais do planeta.
Sabe o que mais? #%+@$*& é quem fez o tal comentário.
O fato de Gore ter dividido o Nobel com os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças de Climáticas já o credencia. Ele sabe que o clima nas regiões apropriadas para o cultivo da vinha (entre os paralelos 30 e 50, em ambos os hemisférios) já começou a mudar. Nas tradicionais áreas frias e úmidas, como a Inglaterra, já se produz vinhos de qualidade. E, ao contrário, nas regiões temperadas e quentes as dificuldades já se apresentaram. Continuar a cultivar as variedades clássicas começa a ficar difícil. Estudam já novas variedades, novos clones e uvas híbridas, com maior resistência às novas condições climáticas. Diferentes técnicas terão de ser pensadas. O efeito estufa promove prejuízos em todos os setores (não apenas o do vinho) em conseqüência de secas e enchentes, tornados e tormentas devastando grandes áreas do planeta: os prejuízos exorbitantes com a perda de vidas, reconstrução de cidades, portos, fábricas, cultivos, fome, saúde etc.
Al Gore pedirá atenção, por exemplo, para as destrutivas pegadas de carbono deixadas pela produção e transporte. Poderá comentar sobre itens algo esquecidos, como a moda em produzir garrafas bem mais grossas, de modo a induzir o consumidor a pensar que dentro delas vai um vinho melhor. Uma pesquisa inglesa demonstrou que os consumidores ao examinarem uma garrafa de vinho dão preferência, pela ordem: à variedade da uva (74%), ao preço (66%), ao país de origem (63%), à cor da garrafa (10%) e ao peso da garrafa (7%). 63% dos pesquisados acham que o vinho, qualquer vinho, deve se apresentar numa garrafa de vidro. Embalagens de plástico e em Tetra Pak tiveram 37% de aceitação. Al Gore e todos nós sabemos que o problema do aquecimento é obra dos homens.
E o prejuízo causado pelo transporte? Australianos estão começando a embarcar vinho a granel em containers para a Inglaterra. A bebida será engarrafa no destino. Os chilenos fazem isso há anos (para os EUA principalmente). É muito mais barato. O planeta acabará implodindo com a emissão de gases resultantes do transporte de garrafas pra lá e pra cá.
Imagino que Gore não vá girar uma taça, cheirar o vinho, provar dele e dar a sua nota. Vai mais uma vez explicar que o problema é gravíssimo, que está em nossas mãos minimizá-lo e adotar medidas severas, caso contrário nossos filhos e netos vão conviver com os efeitos catastróficos dessa atitude irresponsável de consumir sem remorsos os recursos naturais do planeta.
Sabe o que mais? #%+@$*& é quem fez o tal comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário