Decidir sobre a compra de um vinho não é nada simples. Numa loja, você fica diante de uma quantidade e variedade imensa de garrafas, centenas de rótulos, uvas, cores, estilos, safras, regiões e preços bem diferentes.
O preço pode limitar a sua escolha. Mas hoje as ofertas são inúmeras para qualquer nível de preço. Você, então, apela para o quê? Regiões, estilos, um rótulo um pouco mais ousado, a dica do vendedor?Afinal, o que nos leva a comprar um vinho do qual nunca ouvimos falar? Um blogueiro americano, Tom Wark fez essa mesma pergunta aos seus leitores, através de uma pesquisa online. Eis as respostas.
O preço pode limitar a sua escolha. Mas hoje as ofertas são inúmeras para qualquer nível de preço. Você, então, apela para o quê? Regiões, estilos, um rótulo um pouco mais ousado, a dica do vendedor?Afinal, o que nos leva a comprar um vinho do qual nunca ouvimos falar? Um blogueiro americano, Tom Wark fez essa mesma pergunta aos seus leitores, através de uma pesquisa online. Eis as respostas.
Para 33% deles, o produtor do vinho (a vinícola ou o vinhateiro) é o mais importante. Para 31%, é a uva, a varietal, o que vale mais. A região vem em terceiro lugar, com 18%, e o preço logo em seguida, com 17%. Curiosamente, o rótulo só é importante para 1% dos leitores. Contudo, rótulos com animais, por exemplo, vendem como água nos EUA. Esse resultado talvez possa ser atribuído ao nível de informação dos leitores do blog.
Quanto ao preço: para um vinho de até 15 dólares (R$ 32,00), 42% disseram que a uva é o que conta. Mas a partir daí tudo muda. Para os vinhos entre 15 e 30 dólares, 52% escolhem pelo produtor. Acima de US$ 30,00, 71% também confirmaram o produtor como primordial. Nos EUA (ou pelo menos para os leitores do blog) nota-se a influência do produtor e, portanto, do poder de uma marca.
Intrigado com a pobre colocação do item região, o blogueiro insistiu e fez uma pergunta extra: “Você está disposto a pagar mais por vinhos simplesmente porque eles são de uma região em particular?” E 67% disseram que sim e 33% que não. Os primeiros declararam-se como tendo um conhecimento mais profundo sobre a bebida.
Nesses tempos de globalização, de grandes conglomerados, o mundo dos vinhos também sofre o impacto da produção de massa, de marcas cuja origem passa a não ter importância.
Porém, o que interesse mesmo no vinho é a sua diversidade, onde a região, o seu solo de origem é primordial. É o tal do “terroir”.
Por séculos, a cultura global do vinho foi feita em torno de sua identidade geográfica, onde nasceu, cresceu e foi feito. Talvez porque a consciência de lugar ainda seja o processo mais básico e natural do aprendizado humano. Saber onde estamos é fundamental para a nossa segurança psicológica. Mas a aventura de conhecer novas plagas também é fundamental.
“Uma vez que tenhamos provado e conhecido 20 ou 30 varietais (quase 100% dos vinhos no mercado), o passo seguinte na escala educacional é a região”, afirma Roger Dial, editor da Appellation America, importante site sobre vitivinicultura nos EUA. “É impossível conhecer todos os produtores de vinhos com uva Merlot. O mais fácil é começar a distinguir entre Merlots de Bordeaux, da Itália, do Chile etc.”
Confere com a minha experiência pessoal. Numa loja de vinhos que tive em Petrópolis, RJ, cerca de um terço dos clientes (os mais “sabidos”) comprava vinhos pela região, outro terço pelo preço e os demais humildemente pediam nossa opinião. Eu os adorava.
Acho que há muitas maneiras para resolver essa questão. Para começar, a mais simples (e quase sempre eficiente) é começar a perguntar aos atendentes das lojas (de um supermercado até uma loja especializada, digamos, numa determinada região).
Você tem a impressão de que gosta de um determinado tipo de vinho (tinto, branco ou rosado etc.) e tem um limite de preço. Já é uma grande ajuda para o atendente - que com certeza lhe dará uma dezena de sugestões: uma delas será do seu gosto e do tamanho do seu bolso. Pronto, não foi difícil.
Outra dica é entrar para um clube ou uma confraria de vinhos. E lá você começará a aprender, aprender provando vinhos dos mais variados estilos – e descobrir quais os seus preferidos.
A Impexo, um importante importador e exportador de vinho, com sede no Rio e filial em São Paulo oferece um Clube do Vinho. Veja aqui.
Basta você se cadastrar para receber uma newlettter relacionada ao setor vinícola, com informações sobre degustações e promoções dos vinhos vendidos pela casa. A poderosa rede Pão de Açúcar tem as suas “Confrarias Pão de Açúcar”, que se propõem a “desvendar os mistérios da degustação de vinhos”. Você vai a qualquer filial da rede e se informa com o atendente da seção de vinhos como aderir a um desses grupos. Essa rede tem uma das maiores e melhores seções de vinhos do país, para esse tipo de loja. O que não é surpresa, pois a direção da casa entregou a parte de vinhos (das compras, à seleção e à promoção e educação) a um dos maiores especialistas em vinhos do Brasil, o crítico e historiador Carlos Cabral. Ele é um renomado especialista e historiador de vinhos (é autor da imperdível Presença do Vinho no Brasil) e fundador da mais antiga confraria de vinhos do país, a SBAV – Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, com sede em São Paulo (e hoje com filiais em vários estados).
Visite o site do Pão de Açúcar e saiba mais como inscrever-se nessas confrarias.
Existem sites na internet que se apresentam como clubes de vinho. É o exemplo do winept.com.
De qualquer modo, é mesmo difícil para qualquer um estabelecer a diferença, digamos, entre um vinho da uva Merlot de R$ 20,00 e outro de R$ 120,00, da mesma uva, do mesmo produtor e da mesma região. A primeira impressão é de que o mais caro é melhor.
Nem sempre, amiga. Existe uma fórmula fácil de aplicar: o custo de produção mais a quantidade quase sempre determinam o preço dos vinhos. Pagando muito por uma garrafa de vinho não significa que ele será bom. Pode apenas significar que o seu custo de produção foi alto – e, claro, quem vai cobrir esse custo é você. Considere também que esse custo não dita a qualidade do vinho.
É por isso que muitas vezes as pequenas vinícolas oferecem ótimos vinhos por preços bem mais convidativos.
Então, leitora, não se impressione com os preços e não pare de considerar a incrível variedade dos vinhos. Experimente o máximo que puder – de preferência aprendendo o que cada região tem a oferecer. E, sempre que possível, pergunte.
Hoje, a oferta de informações sobre vinhos na mídia é mil vezes maior do que nos tempos em que eu tinha a loja. Você tem todas as chances de fazer uma compra muito mais bem informada.
Quanto ao preço: para um vinho de até 15 dólares (R$ 32,00), 42% disseram que a uva é o que conta. Mas a partir daí tudo muda. Para os vinhos entre 15 e 30 dólares, 52% escolhem pelo produtor. Acima de US$ 30,00, 71% também confirmaram o produtor como primordial. Nos EUA (ou pelo menos para os leitores do blog) nota-se a influência do produtor e, portanto, do poder de uma marca.
Intrigado com a pobre colocação do item região, o blogueiro insistiu e fez uma pergunta extra: “Você está disposto a pagar mais por vinhos simplesmente porque eles são de uma região em particular?” E 67% disseram que sim e 33% que não. Os primeiros declararam-se como tendo um conhecimento mais profundo sobre a bebida.
Nesses tempos de globalização, de grandes conglomerados, o mundo dos vinhos também sofre o impacto da produção de massa, de marcas cuja origem passa a não ter importância.
Porém, o que interesse mesmo no vinho é a sua diversidade, onde a região, o seu solo de origem é primordial. É o tal do “terroir”.
Por séculos, a cultura global do vinho foi feita em torno de sua identidade geográfica, onde nasceu, cresceu e foi feito. Talvez porque a consciência de lugar ainda seja o processo mais básico e natural do aprendizado humano. Saber onde estamos é fundamental para a nossa segurança psicológica. Mas a aventura de conhecer novas plagas também é fundamental.
“Uma vez que tenhamos provado e conhecido 20 ou 30 varietais (quase 100% dos vinhos no mercado), o passo seguinte na escala educacional é a região”, afirma Roger Dial, editor da Appellation America, importante site sobre vitivinicultura nos EUA. “É impossível conhecer todos os produtores de vinhos com uva Merlot. O mais fácil é começar a distinguir entre Merlots de Bordeaux, da Itália, do Chile etc.”
Confere com a minha experiência pessoal. Numa loja de vinhos que tive em Petrópolis, RJ, cerca de um terço dos clientes (os mais “sabidos”) comprava vinhos pela região, outro terço pelo preço e os demais humildemente pediam nossa opinião. Eu os adorava.
Acho que há muitas maneiras para resolver essa questão. Para começar, a mais simples (e quase sempre eficiente) é começar a perguntar aos atendentes das lojas (de um supermercado até uma loja especializada, digamos, numa determinada região).
Você tem a impressão de que gosta de um determinado tipo de vinho (tinto, branco ou rosado etc.) e tem um limite de preço. Já é uma grande ajuda para o atendente - que com certeza lhe dará uma dezena de sugestões: uma delas será do seu gosto e do tamanho do seu bolso. Pronto, não foi difícil.
Outra dica é entrar para um clube ou uma confraria de vinhos. E lá você começará a aprender, aprender provando vinhos dos mais variados estilos – e descobrir quais os seus preferidos.
A Impexo, um importante importador e exportador de vinho, com sede no Rio e filial em São Paulo oferece um Clube do Vinho. Veja aqui.
Basta você se cadastrar para receber uma newlettter relacionada ao setor vinícola, com informações sobre degustações e promoções dos vinhos vendidos pela casa. A poderosa rede Pão de Açúcar tem as suas “Confrarias Pão de Açúcar”, que se propõem a “desvendar os mistérios da degustação de vinhos”. Você vai a qualquer filial da rede e se informa com o atendente da seção de vinhos como aderir a um desses grupos. Essa rede tem uma das maiores e melhores seções de vinhos do país, para esse tipo de loja. O que não é surpresa, pois a direção da casa entregou a parte de vinhos (das compras, à seleção e à promoção e educação) a um dos maiores especialistas em vinhos do Brasil, o crítico e historiador Carlos Cabral. Ele é um renomado especialista e historiador de vinhos (é autor da imperdível Presença do Vinho no Brasil) e fundador da mais antiga confraria de vinhos do país, a SBAV – Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, com sede em São Paulo (e hoje com filiais em vários estados).
Visite o site do Pão de Açúcar e saiba mais como inscrever-se nessas confrarias.
Existem sites na internet que se apresentam como clubes de vinho. É o exemplo do winept.com.
De qualquer modo, é mesmo difícil para qualquer um estabelecer a diferença, digamos, entre um vinho da uva Merlot de R$ 20,00 e outro de R$ 120,00, da mesma uva, do mesmo produtor e da mesma região. A primeira impressão é de que o mais caro é melhor.
Nem sempre, amiga. Existe uma fórmula fácil de aplicar: o custo de produção mais a quantidade quase sempre determinam o preço dos vinhos. Pagando muito por uma garrafa de vinho não significa que ele será bom. Pode apenas significar que o seu custo de produção foi alto – e, claro, quem vai cobrir esse custo é você. Considere também que esse custo não dita a qualidade do vinho.
É por isso que muitas vezes as pequenas vinícolas oferecem ótimos vinhos por preços bem mais convidativos.
Então, leitora, não se impressione com os preços e não pare de considerar a incrível variedade dos vinhos. Experimente o máximo que puder – de preferência aprendendo o que cada região tem a oferecer. E, sempre que possível, pergunte.
Hoje, a oferta de informações sobre vinhos na mídia é mil vezes maior do que nos tempos em que eu tinha a loja. Você tem todas as chances de fazer uma compra muito mais bem informada.
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