Vinho cura cáries? Pois é, ainda na semana passada falei sobre os cuidados a tomar quanto ao noticiário sobre a saúde e as bebidas. Naquela ocasião dei como exemplo as notícias afirmando que poucos drinques por dia poderiam nos livrar da demência. Beba e não fique demente, eram os títulos. Mas os pesquisadores, da Universidade de Bari, Itália, (no artigo original, no jornal Neurology, especializado) faziam ressalvas. Não tinham dados do estilo de vidas das pessoas pesquisadas, não sabiam de suas dietas, por exemplo. Só as conheciam por relatórios médicos.
Agora, leio que para livrar-se das cáries e evitar ir ao dentista o melhor mesmo é tomar vinho. A fonte é de outra pesquisa italiana. Um grupo da Faculdade de Farmácia da Universidade de Pávia investigou os efeitos antibacterianos de vinhos brancos e tintos em nossa boca e garganta. Com ligeira vantagem para os tintos, ambas as variedades se saíram muito bem ao inibir o crescimento de várias cadeias de estreptococos (gênero de bactérias) relacionadas com a deterioração de nossos dentes e também, em muitos casos, com inflamações na garganta.
“Nossas descobertas parecem indicar que o vinho pode agir como um eficiente agente antimicrobiano contra estreptococos orais e podem ser ativos contra cáries e na prevenção de patologias do trato respiratório superior” – concluem dos pesquisadores de Pávia (referência do relatório original).
Agora, leio que para livrar-se das cáries e evitar ir ao dentista o melhor mesmo é tomar vinho. A fonte é de outra pesquisa italiana. Um grupo da Faculdade de Farmácia da Universidade de Pávia investigou os efeitos antibacterianos de vinhos brancos e tintos em nossa boca e garganta. Com ligeira vantagem para os tintos, ambas as variedades se saíram muito bem ao inibir o crescimento de várias cadeias de estreptococos (gênero de bactérias) relacionadas com a deterioração de nossos dentes e também, em muitos casos, com inflamações na garganta.
“Nossas descobertas parecem indicar que o vinho pode agir como um eficiente agente antimicrobiano contra estreptococos orais e podem ser ativos contra cáries e na prevenção de patologias do trato respiratório superior” – concluem dos pesquisadores de Pávia (referência do relatório original).
Apenas algumas das notícias ressalvavam um dado importante. Os cientistas italianos observam que seu trabalho foi realizado “in vitro”, em laboratório, sob condições controladas, em sistemas fechados, normalmente em tubos de ensaio. Nenhuma boca foi pesquisada. Vamos, portanto, esperar um pouco mais e ver o que acontece na vida real.
A síndrome do vinho tinto. As notas também não falavam nada sobre um outro problema – e grave - envolvendo vinhos e dentes. A bebida pode promover a tal da “síndrome do vinho tinto” e também o “Efeito Drácula”. Acontece normalmente com degustadores profissionais, pessoas que provam até centenas de vinhos por dia. Os dentes acabam manchados, avermelhados. A síndrome compreende o tingimento gradual de seus dentes até levar à sua destruição, pois os ácidos dos vinhos vão aos poucos corroendo o esmalte protetor. O remédio é não deixar de ir ao dentista, pelos menos uma vez a cada três meses.
O caso é que um cientista sul-africano, da Universidade Stellenbosch, ganhou o seu doutorado justamente por um trabalho demonstrando que os dentes de bebedores regulares de vinho tornam-se mais sensíveis, perdem a cor e até se esfacelam.
“Não é o vinho propriamente que estragará seus dentes. Porém, desde que o ácido está presente no álcool, ele vai corroer o esmalte, expondo a delicada dentina que ele protege”, diz o cientista sul-africano Usuf Chikte.
E o problema não se limita apenas aos degustadores profissionais. “Verificamos que quando uma pessoa bebe vinho, gasta bebendo-o pelo menos de 45 minutos a uma hora – tempo bastante para que o vinho afete seus dentes”.
O caso é que, conforme o cientista, qualquer comida ou bebida com um pH (indicação de acidez) menor do que 5,5 pode danificar nossos dentes. E o pH dos vinhos normalmente fica entre 2 e 3.
É por isso que não se recomenda escovar os dentes logo após uma degustação. “O ácido no vinho vai amolecer o esmalte nos dentes e se usamos uma escova vamos, na verdade, ajudar a retirar o esmalte”. A escova não deixa de ser um abrasivo.
O “Efeito Drácula” é quando os dentes (e língua e lábios) ficam tingidos, mas apenas temporariamente, após uma sessão de degustação. Trata-se simplesmente de uma camada de saliva misturada com vinho. Você dá um sorriso e vai parecer com qualquer vampiro do cinema. (Por falar nisso, existe até uma vinícola chamada Vampiro. Fica em Nova York e dizem que é propriedade de um círculo de desmodontídeos. Saiba mais aqui).
Para acabar com esse sorriso draculeano não precisamos de nenhum Van Helsing, o conhecido caçador de vampiros. Basta enxaguar bem a boca e esperar uma hora até que o equilíbrio de acidez natural volte ao normal. Só então escove os dentes. Provoque a salivação (com um chiclete com zero de açúcar, talvez), pois a saliva forma uma camada de glicoproteína (proteína que agrega moléculas de açúcar) que amortece os ácidos. Passe a usar uma escova de dentes mais macia. O creme dental deve ser pouco abrasivo, com um mínimo de flúor e bicarbonato. Escove mais no sentido vertical do que horizontal. Faça tudo isso, mas sem deixar de ir ao dentista regularmente.
Leia, mas de pé atrás, amiga. Não hesite em pesquisar sempre sobre todas as notícias envolvendo saúde (promovidas por vinhos, bananas etc.). Caso contrário você é quem vai ficar lelé com as conta dos médicos ou dos dentistas e acabar com um sorriso bem amarelo.
A síndrome do vinho tinto. As notas também não falavam nada sobre um outro problema – e grave - envolvendo vinhos e dentes. A bebida pode promover a tal da “síndrome do vinho tinto” e também o “Efeito Drácula”. Acontece normalmente com degustadores profissionais, pessoas que provam até centenas de vinhos por dia. Os dentes acabam manchados, avermelhados. A síndrome compreende o tingimento gradual de seus dentes até levar à sua destruição, pois os ácidos dos vinhos vão aos poucos corroendo o esmalte protetor. O remédio é não deixar de ir ao dentista, pelos menos uma vez a cada três meses.
O caso é que um cientista sul-africano, da Universidade Stellenbosch, ganhou o seu doutorado justamente por um trabalho demonstrando que os dentes de bebedores regulares de vinho tornam-se mais sensíveis, perdem a cor e até se esfacelam.
“Não é o vinho propriamente que estragará seus dentes. Porém, desde que o ácido está presente no álcool, ele vai corroer o esmalte, expondo a delicada dentina que ele protege”, diz o cientista sul-africano Usuf Chikte.
E o problema não se limita apenas aos degustadores profissionais. “Verificamos que quando uma pessoa bebe vinho, gasta bebendo-o pelo menos de 45 minutos a uma hora – tempo bastante para que o vinho afete seus dentes”.
O caso é que, conforme o cientista, qualquer comida ou bebida com um pH (indicação de acidez) menor do que 5,5 pode danificar nossos dentes. E o pH dos vinhos normalmente fica entre 2 e 3.
É por isso que não se recomenda escovar os dentes logo após uma degustação. “O ácido no vinho vai amolecer o esmalte nos dentes e se usamos uma escova vamos, na verdade, ajudar a retirar o esmalte”. A escova não deixa de ser um abrasivo.
O “Efeito Drácula” é quando os dentes (e língua e lábios) ficam tingidos, mas apenas temporariamente, após uma sessão de degustação. Trata-se simplesmente de uma camada de saliva misturada com vinho. Você dá um sorriso e vai parecer com qualquer vampiro do cinema. (Por falar nisso, existe até uma vinícola chamada Vampiro. Fica em Nova York e dizem que é propriedade de um círculo de desmodontídeos. Saiba mais aqui).
Para acabar com esse sorriso draculeano não precisamos de nenhum Van Helsing, o conhecido caçador de vampiros. Basta enxaguar bem a boca e esperar uma hora até que o equilíbrio de acidez natural volte ao normal. Só então escove os dentes. Provoque a salivação (com um chiclete com zero de açúcar, talvez), pois a saliva forma uma camada de glicoproteína (proteína que agrega moléculas de açúcar) que amortece os ácidos. Passe a usar uma escova de dentes mais macia. O creme dental deve ser pouco abrasivo, com um mínimo de flúor e bicarbonato. Escove mais no sentido vertical do que horizontal. Faça tudo isso, mas sem deixar de ir ao dentista regularmente.
Leia, mas de pé atrás, amiga. Não hesite em pesquisar sempre sobre todas as notícias envolvendo saúde (promovidas por vinhos, bananas etc.). Caso contrário você é quem vai ficar lelé com as conta dos médicos ou dos dentistas e acabar com um sorriso bem amarelo.
Da Adega
Para quem é de Porco. A leitora Emília diz que gostou da matéria sobre o zodíaco chinês. E quer saber dos vinhos para quem é de Porco, mas com o elemento Terra dominante e relacionamentos bem sucedidos com Água e Metal.
Esse signo, como vimos, é de gente sociável, harmoniosa, distante de bate-bocas. Daí sempre conseguir amizades duradouras. Mas é ingênua além da conta e vítima de embrulhões.
Naquela matéria, recomendei um branco da uva Gewürtztraminer, que resulta em excelentes vinhos na Alsácia e bons na Áustria, Hungria, Nova Zelândia, nas partes frias da Califórnia e ainda aqui, em Santana do Livramento, RS, que já provei, gostei, mas esqueci o nome. Tem baixa acidez, é muito aromático e seu teor alcoólico costuma ser maior do que 13º. Parece dócil, mas é capaz de acompanhar pratos condimentados. Ou seja:enrola qualquer embrulhão. Mantenho a recomendação.
Lembro também dos Jerez e dos vinhos das Ilhas Canárias, ambos da Espanha, conhecidos pelo alto teor metálico. Os primeiros, famosos fortificados, são fáceis de encontrar (tente o “fino” Tio Pepe), o que não acontece com os segundos. Tente ainda um outro branco, mas com a uva Sauvignon Blanc, bem seco, ácido, refrescante. Pode ser francês, neozelandês, chileno ou brasileiro (como o premiado Miolo Fortaleza do Seival Sauvignon Blanc).
Toda essa lista compreende também o elemento Terra. Os vinhos citados normalmente representam bem a região de onde provêm, trazem quase sempre o cheiro de terra, a marca do “terroir” (o meio ambiente envolvendo o local onde cresce uma determinada variedade de uva; o termo deriva do francês “terre”).
Elos Rio 2007. A Lídio Carraro acaba de lançar mais um vinho da exclusiva e limitada linha comemorativa dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. É o Elos Rio 2007, um tinto com 80% da Cabernet e 20% da Malbec, coloração vermelha e bem aromático.
O lote é limitado a apenas 3.500 garrafas. Vai virar vinho de colecionador. Mas você pode encontrá-lo já consultando o site da Lídio Carraro. Veja aqui Tente também pelo telefone 0xx 54 3459-1222.
Para quem é de Porco. A leitora Emília diz que gostou da matéria sobre o zodíaco chinês. E quer saber dos vinhos para quem é de Porco, mas com o elemento Terra dominante e relacionamentos bem sucedidos com Água e Metal.
Esse signo, como vimos, é de gente sociável, harmoniosa, distante de bate-bocas. Daí sempre conseguir amizades duradouras. Mas é ingênua além da conta e vítima de embrulhões.
Naquela matéria, recomendei um branco da uva Gewürtztraminer, que resulta em excelentes vinhos na Alsácia e bons na Áustria, Hungria, Nova Zelândia, nas partes frias da Califórnia e ainda aqui, em Santana do Livramento, RS, que já provei, gostei, mas esqueci o nome. Tem baixa acidez, é muito aromático e seu teor alcoólico costuma ser maior do que 13º. Parece dócil, mas é capaz de acompanhar pratos condimentados. Ou seja:enrola qualquer embrulhão. Mantenho a recomendação.
Lembro também dos Jerez e dos vinhos das Ilhas Canárias, ambos da Espanha, conhecidos pelo alto teor metálico. Os primeiros, famosos fortificados, são fáceis de encontrar (tente o “fino” Tio Pepe), o que não acontece com os segundos. Tente ainda um outro branco, mas com a uva Sauvignon Blanc, bem seco, ácido, refrescante. Pode ser francês, neozelandês, chileno ou brasileiro (como o premiado Miolo Fortaleza do Seival Sauvignon Blanc).
Toda essa lista compreende também o elemento Terra. Os vinhos citados normalmente representam bem a região de onde provêm, trazem quase sempre o cheiro de terra, a marca do “terroir” (o meio ambiente envolvendo o local onde cresce uma determinada variedade de uva; o termo deriva do francês “terre”).
Elos Rio 2007. A Lídio Carraro acaba de lançar mais um vinho da exclusiva e limitada linha comemorativa dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. É o Elos Rio 2007, um tinto com 80% da Cabernet e 20% da Malbec, coloração vermelha e bem aromático.
O lote é limitado a apenas 3.500 garrafas. Vai virar vinho de colecionador. Mas você pode encontrá-lo já consultando o site da Lídio Carraro. Veja aqui Tente também pelo telefone 0xx 54 3459-1222.
Nenhum comentário:
Postar um comentário