Parece que beber um vinho com o seu ou a sua parceira, o seu ou a sua amiga já não é simples e prazeroso o bastante. A novidade agora é cooperar: casais dividindo uma garrafa de vinho devem colaborar um com o outro. Caso contrário, alguém ficará a ver navios.
Explico, amiga leitora: criaram agora um jogo de taças que obriga a que os casais bebam praticamente ao mesmo tempo. É a tal cooperação.
São duas taças de vinho tal como as conhecemos. Porém, estão interligadas, a partir de suas bases, por um tubo de plástico – como se fossem irmãs siameses ligadas por esse moderno cordão umbilical.
As taças, assim, transformam-se em vasos comunicantes. Quando colocamos vinho numa taça, a bebida vai passando para a outra. Se você encher uma delas pela metade, a outra também terá o mesmo nível.
E aí entra um problema: se você tentar beber sozinha a sua taça (isto é: sem a “cooperação” do seu parceiro), terá de levá-la a boca, naturalmente. Para isso, você terá que colocá-la no nível de seus lábios. A taça ficará mais alta, portanto, do que a da seu parceiro, para onde correrá a bebida. E sua taça ficará vazia.
Entendeu a cooperação? A danada da dinâmica dos fluidos obrigará os parceiros a beberem ao mesmo tempo, o mesmo gole, a mesma quantidade e sempre no mesmo nível.
O criador das taças, o designer Jim Rokos as chama de “Minha Outra Metade”.
Se você for esperta, e dominar por completo a teoria dos vasos comunicantes, poderá deixar que seu (ou sua) colega de copo beba mais que você e transforme-se numa presa mais fácil. Basta colocar sua taça em mais alto do que a dele. Mas se estiver mais a fim da bebida, basta apertar o tubo, impedindo que o vinho passe para o vizinho e beber o que quiser. Quanto devolver a taça à mesa, parte do vinho que estava na taça vizinha correrá para o seu copo. É quando você desistiu de cooperar.
Veja aqui as duas taças e, em seguida, um casal em ação no site do Gizmodo, especializado em engenhocas e brinquedos.
A humanidade já bebeu vinho (e outras bebidas) utilizando-se de chifres ocos (inclusive, de crânios), vasilhames de cerâmica, de madeira, de barro, de latão, em copos e taças de vidro, cristal, prata e ouro. Em “botas” de couro (usadas até hoje na Espanha) e até direto das ânforas, utilizando canudinhos de papiro (no Antigo Egito).
Sempre me pareceu muito simples buscar prazer numa simples taça de vinho durante uma refeição ou ao lado de amigos. Mas volta e meia, aparecem com essas engenhocas: ora para ajudar a abrir a garrafa, seja para resfriá-la, servir o vinho, decantá-lo, guardá-lo e até, nos últimos tempos, envelhecê-lo em três tempos.
Essas criações surgem sempre como a última novidade, itens essenciais. Seus formatos são interessantes, mas na maioria das vezes revelam-se desnecessárias, bobinhas.
E a experiência de dividir um vinho com alguém sempre foi um importante degrau no processo de socialização, de conhecimento mútuo. E, claro, de romance. Ninguém até agora precisou de taças “siamesas”, unidas por um cordão umbilical de plástico, para esquentar uma amizade, melhorar um papo, colocar os assuntos em dia.
Mas vivemos tempos “mudernos”, sujeitos a criações tais como essas taças da “Minha outra metade”: uma engenhoca bizarra, freak. Podem ser até divertidas. Mas é o desastroso da situação que vai fazer rir: um casal tentando manejar taças e tubos, coordenar movimentos para beber ao mesmo tempo.
Um comentarista acha inclusive que para beber teremos de ficar de cabeça para baixo, de modo a manter a taça sempre no nível da mesa onde está colocada. Já pensou se tentarmos essa operação e estivermos usando saia na ocasião? Tem tudo para virar “pegadinha”.
A taça de Kunigunde. Essas taças são, digamos, uma versão mais tecnocrática e muito menos romântica do que a taça de Kunigunde. Já ouviram falar? Dela, só temos uma lenda, medieval, do tipo “Era uma vez...”
Explico, amiga leitora: criaram agora um jogo de taças que obriga a que os casais bebam praticamente ao mesmo tempo. É a tal cooperação.
São duas taças de vinho tal como as conhecemos. Porém, estão interligadas, a partir de suas bases, por um tubo de plástico – como se fossem irmãs siameses ligadas por esse moderno cordão umbilical.
As taças, assim, transformam-se em vasos comunicantes. Quando colocamos vinho numa taça, a bebida vai passando para a outra. Se você encher uma delas pela metade, a outra também terá o mesmo nível.
E aí entra um problema: se você tentar beber sozinha a sua taça (isto é: sem a “cooperação” do seu parceiro), terá de levá-la a boca, naturalmente. Para isso, você terá que colocá-la no nível de seus lábios. A taça ficará mais alta, portanto, do que a da seu parceiro, para onde correrá a bebida. E sua taça ficará vazia.
Entendeu a cooperação? A danada da dinâmica dos fluidos obrigará os parceiros a beberem ao mesmo tempo, o mesmo gole, a mesma quantidade e sempre no mesmo nível.
O criador das taças, o designer Jim Rokos as chama de “Minha Outra Metade”.
Se você for esperta, e dominar por completo a teoria dos vasos comunicantes, poderá deixar que seu (ou sua) colega de copo beba mais que você e transforme-se numa presa mais fácil. Basta colocar sua taça em mais alto do que a dele. Mas se estiver mais a fim da bebida, basta apertar o tubo, impedindo que o vinho passe para o vizinho e beber o que quiser. Quanto devolver a taça à mesa, parte do vinho que estava na taça vizinha correrá para o seu copo. É quando você desistiu de cooperar.
Veja aqui as duas taças e, em seguida, um casal em ação no site do Gizmodo, especializado em engenhocas e brinquedos.
A humanidade já bebeu vinho (e outras bebidas) utilizando-se de chifres ocos (inclusive, de crânios), vasilhames de cerâmica, de madeira, de barro, de latão, em copos e taças de vidro, cristal, prata e ouro. Em “botas” de couro (usadas até hoje na Espanha) e até direto das ânforas, utilizando canudinhos de papiro (no Antigo Egito).
Sempre me pareceu muito simples buscar prazer numa simples taça de vinho durante uma refeição ou ao lado de amigos. Mas volta e meia, aparecem com essas engenhocas: ora para ajudar a abrir a garrafa, seja para resfriá-la, servir o vinho, decantá-lo, guardá-lo e até, nos últimos tempos, envelhecê-lo em três tempos.
Essas criações surgem sempre como a última novidade, itens essenciais. Seus formatos são interessantes, mas na maioria das vezes revelam-se desnecessárias, bobinhas.
E a experiência de dividir um vinho com alguém sempre foi um importante degrau no processo de socialização, de conhecimento mútuo. E, claro, de romance. Ninguém até agora precisou de taças “siamesas”, unidas por um cordão umbilical de plástico, para esquentar uma amizade, melhorar um papo, colocar os assuntos em dia.
Mas vivemos tempos “mudernos”, sujeitos a criações tais como essas taças da “Minha outra metade”: uma engenhoca bizarra, freak. Podem ser até divertidas. Mas é o desastroso da situação que vai fazer rir: um casal tentando manejar taças e tubos, coordenar movimentos para beber ao mesmo tempo.
Um comentarista acha inclusive que para beber teremos de ficar de cabeça para baixo, de modo a manter a taça sempre no nível da mesa onde está colocada. Já pensou se tentarmos essa operação e estivermos usando saia na ocasião? Tem tudo para virar “pegadinha”.
A taça de Kunigunde. Essas taças são, digamos, uma versão mais tecnocrática e muito menos romântica do que a taça de Kunigunde. Já ouviram falar? Dela, só temos uma lenda, medieval, do tipo “Era uma vez...”
Era uma vez uma linda dama que se apaixonara por um jovem ourives. Ela já tinha recusado muitos pretendentes, todos ricos e nobres. Então, resolveu confessar o seu amor secreto ao seu pai, um poderoso senhor da região.
Ele ficou tão furioso que mandou jogar o pobre ourives na mais escura das masmorras.
Kunigunde ficou desesperada, o coração partido, não parava de chorar. Mas, enfim, conseguiu comover seu pai.
Seu pai um dia a chamou e disse: “Se o seu ourives conseguir fazer um cálice com o qual duas pessoas possam beber ao mesmo tempo, sem respingar uma única gota, eu o libertarei e você poderá tornar-se sua esposa”.
Ele estava certo que ninguém poderia vencer esse desafio. Mas o amor inspirou o jovem e em poucos dias conseguiu criar um cálice com o formato de uma saia. Ninguém jamais vira um igual.
Na parte de cima do cálice, um modelo de sua bem-amada com os braços levantados segurando um vaso bojudo e móvel (através de eixos em cada uma das mãos da preso modelo).
Nada mais fácil para duas pessoas beberem simultaneamente nesse cálice. Foi o que Kunigunde e seu amado fizeram. E seu pai finalmente cede.
A nossa história termina bem, como seria de esperar. A a jovem dama e o seu ourives se casam e vivem felizes para sempre.
A partir daquele dia só beberam seus vinhos naquela taça, que se transformou num símbolo de amor, fidelidade e boa sorte para todos os casais que bebessem dele.
Esse cálice, que é comercializado e custa muito caro, aparece exclusivamente nos rótulos dos vinhos da Warwick Estate, de uma das mais importantes regiões vinícolas da África do Sul, Stellenbosch. Parece que essa “lenda” foi criada por lá.
E a taça casamenteira você pode ver aqui.
A amiga ficaria com qual das taças: a “Minha outra metade”, a da Kunigunde ou com nenhuma delas?
E a taça casamenteira você pode ver aqui.
A amiga ficaria com qual das taças: a “Minha outra metade”, a da Kunigunde ou com nenhuma delas?
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