16.1.07

Situação dos vinhos e destilados

Como estarão o consumo e a produção de vinhos e destilados por volta de 2010?
A maior feira de vinhos do mundo, realizada a cada dois anos em Bordeaux (a próxima acontecerá entre 17 e 21 de junho), acaba de apresentar a sua costumeira projeção para o mercado, realizada pela IWSR (International Wine and Spirit Record), especializada em bebidas. O levantamento foi feito em 28 países produtores de vinho e em 114 mercados consumidores de vinhos e destilados.
Um dos principais destaques é o Reino Unido: nos próximos três anos o mercado crescerá tanto que os consumidores de vinho do país gastarão mais em vinhos (tranqüilos e espumantes) do que qualquer outro vizinho europeu. Lá por 2010, as vendas de vinho no varejo serão chegarão a 11 bilhões de dólares, ponto em que os ingleses estarão gastando mais do que os franceses, alemães e italianos, fazendo do Reino Unido o maior mercado de vendas de vinho da Europa. Entre 2001 e 2005, as vendas de vinho no país cresceram 25%, alcançando mais de seis bilhões de dólares.
Contudo, até 2010 os consumidores ingleses continuarão ainda bebendo menos vinhos dos os quatro primeiro colocados: França, Itália, Estados Unidos e Alemanha. O Reino Unido será o quinto país dessa lista.
Em 2005, os consumidores ingleses beberam perto de 1,7 bilhões de garrafas de vinho, ou perto de 27 litros por ano, por pessoa em idade legal de beber, aproximadamente o mesmo que os australianos (28,3 litros) ou holandeses (28,6 l), mas longe ainda dos dinamarqueses (38,3 l) ou alemães (38,6 l).
Em 2010, os ingleses beberão cerca de 28,5 litros por pessoa, equivalentes a 38 garrafas por ano ou 3,2 garrafas por mês: menos de cinco taças por semana.
Embora o uísque escocês ainda seja o destilado mais vendido no Reino Unido, suas vendas vêm caindo. A vodca deverá assumir a liderança em vendas de destilados em 2010, chegando à casa de 8,4 milhões de caixas.
E o resto do mundo? Eis aqui algumas das principais projeções da Winexpo para 2010.
  • O consumo mundial de vinho em 2005 totalizou 30,4 bilhões de garrafas e chegará aos 31,8 bilhões em 2010.
    A venda mundial de vinhos chegou aos US$ 107 bilhões em 2005. Para 2010 a estimativa é de alcançar US$ 117 bilhões.
    Os Estados Unidos serão os maiores consumidores de vinho do mundo em 2010, passando a Itália e a França. Eles já são o maior mercado de vinhos do mundo, com vendas de US$ 19,7 bilhões em 2005. Para 2010, as vendas deverão alcançar US$ 22,75 bilhões.
    A China chegou em 2005 já como o décimo maior consumidor de vinhos do mundo. Projeta-se que em 2010 assumirá o nono lugar.
    À sua frente, em oitavo lugar, ficará a Rússia.
    O vinho tinto seco responde por mais da metade do consumo de vinhos no mundo e chegará a mais de 15 bilhões de garrafas em 2010.
    Os vinhos rosados continuarão a crescer, mas a venda de brancos permanecerá estática.
    O consumo de vinhos aumentará na maioria dos mercados. Mas, em 2010, declinará nos atuais países líderes: França, Suíça, Portugal, Argentina e Espanha.
    O consumo mundial de destilados cresce a uma taxa de 1,4% ao ano.
    A Ásia responde por cerca de 47% de todos os destilados consumidos no mundo.
    A venda total de destilados em todo mundo deve chegar aos US$ 180 bilhões em 2010.
    As vendas de gim estão caindo, enquanto aumentam as de rum, uísque e tequila.
    A China será o segundo maior mercado para conhaque em todo o mundo, em 2010, com o Reino Unido na terceira posição. Os Estados Unidos são o maior mercado para conhaque.
    A pesquisa é intitulada “Décimo estudo global das tendências atuais no mercado internacional de vinhos e destilados e panorama para 2010”.
    Por ela, sabemos que a produção mundial de vinho chegou a 278.300 milhões de hectolitros em 2005, com uma projeção para 287.000 milhões de hectolitros em 2010.
    O consumo em 2005 foi de 227.881 milhões de hectolitros. Prevê-se quem suba para 238.825 milhões em 2010.
    Mas a Europa continuará como a maior consumidora de vinhos do planeta: com 163.553 milhões de hectolitros. Em segundo lugar teremos as Américas (Norte, Centro e Sul), com 51,100 milhões. Em seguida, a Ásia, com 14,651 milhões. E, por último, o que o estudo chama de “Resto do Mundo”: 10,609 milhões.
    No total, essas quatro regiões consumirão 239,914 milhões de hectolitros de vinho.
Veja mais aqui.
Vamos ver se, com esses números, seu Plínio (aquele da vendinha aqui do lado) se anima de vez em botar mais vinhos nas prateleiras.

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