13.2.05

Um Jerez Insípido

Nem sempre podemos garantir os usos que os consumidores fazem do que consomem.
Pois uma texana está sendo processada por ter matado seu marido com uma lavagem intestinal, no qual usou sherry, ou Jerez, o famoso vinho fortificado feito no sudoeste da Espanha.
A viúva acusada, Tammy Jean Warner, alega que o falecido, Michael Warner, tinha problemas com o álcool e gostava ele mesmo de aplicar-se lavagens com vinhos, inclusive o Jerez, argumentando que assim seu corpo absorveria a bebida mais rapidamente. “Ele adorava as suas lavagens”, afirmou Tammy.
A polícia descobriu que Michael, 58, morreu com 0,47% de álcool no sangue, seis vezes mais que o nível máximo permitido para motoristas, no Texas.
Descobriu também que Michael recebera duas grandes garrafas de sherry em sua casa. E, concluo eu, dever ser difícil garantir por onde esse vinho entrou.
A indiciada Tammy jura que não fez o clister. Segundo ela, o a mãe do falecido viciou seu filho nas lavagens desde a sua infância.
Certamente Michael deveria ter outros problemas de saúde. Não encontramos nenhum registro que pondere danos de um vinho degustado pelas vias normais e, alternativamente, por baixo. Um desperdício, sem dúvida.
Michael não entendeu bem o conselho de Shakespeare: “Se tivesse mil filhos, o primeiro princípio humano que lhes ensinaria seria o de abandonar as bebidas insípidas e dedicar-se ao Jerez” (Henrique IV, II parte).
Se a viúva está falando a verdade, para Michael, o sherry era uma bebida insípida.Via Reuters

Nenhum comentário: